Neste Dia Mundial do Rim, comemorado hoje, beba um copo de água e ofereça outro a alguém. É com esta mensagem que a Campanha para Rins Saudáveis, da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), visa a conscientizar a população sobre a importância de prevenir a doença renal crônica. Estima-se que cerca de 1,5 milhão de brasileiros convivam com o problema.
Manter-se bem hidratado é essencial para garantir o bom funcionamento dos rins e evitar a formação de cálculos nos órgãos, cuja função é filtrar o sangue. Atentar para a urina também é importante, já que alterações na cor e no volume do líquido podem ser sinais de falência renal.
— A doença renal crônica é muito silenciosa e evolui lentamente até a perda total da função dos rins. Quanto antes se fizer a detecção do problema, menos chance o paciente tem de precisar se submeter à diálise ou ao transplante — explica a nefrologista Carmen Tzanno, presidente da SBN.
Hipertensos, obesos, diabéticos, pessoas com histórico familiar de problemas nos rins e idosos que usam muitos medicamentos têm mais chances de desenvolver doença renal crônica. Por isso, precisam fazer avaliações médicas com mais frequência. Uma vez por ano, todas as pessoas devem fazer exames de urina e de sangue para checar a dosagem da creatinina, substância que, se elevada, indica alteração no funcionamento dos órgãos.
Em fase avançada, a doença renal crônica pode causar inchaço no rosto e nas pernas, palidez, cansaço, falta de apetite e emagrecimento.
Segundo Carmen Tzanno, é preciso cautela com dietas e suplementos hiperproteicos, utilizados para ganho de massa muscular. O consumo indiscriminado de proteínas pode causar problemas renais.
Baixa estatura e anemia entre as crianças
Na infância, a doença renal crônica tem sintomas específicos, como baixa estatura, anemia, vômitos e alteração do padrão miccional.
— Crianças que haviam parado de fazer xixi na cama e voltaram precisam ser avaliadas — destaca a nefropediatra Maria Cristina de Andrade, da MBA Pediatra e da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.
Segundo a médica, uma dieta livre dos excessos de sal e açúcar é fundamental para a saúde renal dos pequenos.
Ainda na vida intrauterina, é possível detectar problemas nos rins das crianças e corrigi-los, dependendo do caso. Harthur Alves, que hoje tem 10 anos, nasceu com uma malformação nos órgãos, só descoberta aos 34 dias de vida.
— Ele não tinha força para mamar, diziam que era preguiçoso. Um dia se engasgou, teve uma falta de ar grave e, no hospital, o problema foi diagnosticado — lembra a contadora Samanta Alves, de 39 anos, mãe de Harthur.
Ele começou a fazer diálise. Aos 4 anos, fez o transplante e leva uma vida normal.
— Os rins são tão importantes quanto o coração — diz Samanta.
Fonte: Jornal Extra
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