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Hérnia inguinal pode levar à morte se não for operada logo

As inovações no tratamento da hérnia inguinal estão entre os temas a serem abordados na quarta edição do Congresso Brasileiro de Hérnia e da Convenção Latinoamericana de Hérnia, que serão realizados entre amanhã e sábado, em Búzios, na Região dos Lagos. Embora muitas pessoas que sofrem do problema adiem a solução, todos os casos necessitam de intervenção cirúrgica, cujo índice de cura alcança 98%. Se não cuidado, o problema pode desencadear complicações que trazem risco de morte ao paciente.

Segundo o cirurgião geral Júlio César Beitler, presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, cerca de 5% da população mundial já teve, tem ou terá hérnia inguinal. Os primeiros sintomas costumam ser inchaço abdominal e desconforto local. Ao surgimento desses sinais, é preciso procurar um médico para investigar o caso. O diagnóstico é clínico, na maioria das vezes.

Mesmo nas pessoas em que o problema desaparece devem buscar auxílio, já que a hérnia inguinal não é curada sozinha.




— Não pode ter medo (de operar). Tratando o problema, consegue-se evitar que, além dos sintomas, apareçam consequências graves — diz.

Uma vez detectada a hérnia inguinal, o paciente faz exames pré-operatórios para se preparar para a cirurgia. Se houver alguma doença de base descompensada, como hipertensão, ela é tratada antes.

— Feita eletivamente, a operação tem muito baixa mortalidade — afirma Beitler.



Fique por dentro

As complicações da hérnia inguinal também exigem intervenção cirúrgica. Mas as chances de sucesso são menores. No caso de estrangulamento intestinal, o risco de morte é de 20%.

A condição é mais comum em crianças , quando já nascem com um buraco no canal inguinal (prematuros têm mais risco), e em idosos, devido ao enfraquecimento dos tecidos da região com o tempo. A incidência entre maiores de 65 anos alcança 20%.

Homens são mais atingidos pela hérnia inguinal, porque, neles, a passagem que se abre no canal para migração dos testículos da cavidade abdominal para o escroto, ainda na vida uterina, pode permanecer aberta. Há risco de a fragilidade dos tecidos causar o alargamento deste buraco e a formação da hérnia.

Ao contrário do se pensa, a atividade física, incluindo musculação, não aumenta o risco de hérnia inguinal. Segundo Beitler, exercícios fortalecem a musculatura e não fazem mal à saúde.

Bebês clinicamente normais podem operar hérnia inguinal a partir dos 15 dias de vida.

O uso de funda, tipo de cinta para segurar a hérnia, não é indicado, pois pode agravá-la.

Fonte: Jornal Extra


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