Pular para o conteúdo principal

Níveis altos de hormônio da tireoide causam batimentos cardíacos irregulares, diz estudo


Indivíduos com níveis mais altos de hormônio da tireoide circulante no sangue estão mais propensos que indivíduos com níveis mais baixos a desenvolver batimentos cardíacos irregulares ou fibrilação atrial, informa pesquisa publicada nesta segunda-feira (23) no periódico "Circulation", ligado a American Heart Association (Estados Unidos).

O salto do estudo foi apontar que mesmo indivíduos com secreção de hormônio considerado dentro de parâmetros normais pela medicina estão com maior risco de desenvolver a condição.

O batimento irregular ocorre quando as duas câmaras superiores do coração, chamadas átrios, batem de mais rápida do que o normal. Os sintomas podem incluir palpitações cardíacas, tonturas, sudorese, dor no peito, ansiedade, fadiga e desmaios.

A condição também aumenta o risco de doenças graves, como acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.

A tireoide é uma glândula em "forma de borboleta" localizada na parte frontal do pescoço, informa a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Dentre outras funções importantes, ela é responsável por regular todo o metabolismo do corpo. Problemas em seu funcionamento podem provocar sintomas diversos, que vão ao excesso de peso à depressão.

A pesquisa teve como autora principal Christine Baumgartner, estudante de pós-doutorado na Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos.

Como foi a pesquisa

Christine e sua equipe analisaram dados de 11 estudos da Europa, Austrália e Estados Unidos que mediram a função da tireóide e a ocorrência de batimentos cardíacos irregulares. Ao todo, 30.085 indivíduos foram estudados. O acompanhamento variou de 1,3 a 17 anos em média.

Os indivíduos estudados foram divididos em quatro grupos: aqueles com níveis de hormônios mais altos apresentaram risco aumentado de fibrilação arterial de 45%. Entre os indivíduos com os segundos níveis mais altos, o risco foi 25% maior; e, entre aqueles com o terceiro maior nível o risco foi 17% maior. Os grupos foram comparados com aqueles com níveis menores de hormônios.

A importância do estudo

Estudos anteriores já haviam mostrado que o risco de batimentos cardíacos irregulares é maior entre os indivíduos que produzem muito hormônio da tireoide que aqueles com níveis hormonais normais. O que não era claro, no entanto, era se os níveis que eram altos, mas ainda dentro do intervalo normal, também poderiam aumentar o risco de batimentos cardíacos irregulares.

Para entender essa relação, os pesquisadores analisaram a ocorrência de batimentos cardíacos irregulares entre indivíduos com níveis de hormônio da tireóide que ainda estavam dentro do alcance normal. Eles descobriram que os indivíduos com maiores níveis sanguíneos, mesmo dentro do intervalo normal, eram mais propensos a desenvolver batimentos cardíacos irregulares.

O achado pode ter impacto em como médicos analisam os resultados de hormônio da tireoide circulante no sangue. Com mais estudos, pode ser que se avalie a necessidade de tratamento naqueles que, hoje, estão em níveis hormonais considerados normais pelas atuais diretrizes médicas.

Fonte: G1

Comentários

Populares

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

Painel Coronavírus

Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre o COVID-19. Link:  https://covid.saude.gov.br/

Outubro Rosa

  Outubro chegou! Durante este mês, o Ministério da Saúde traz conteúdos educativos e histórias inspiradoras relacionadas à detecção e ao tratamento do câncer de mama, com o objetivo de levar informações confiáveis à população. Incentive outras mulheres a adotarem práticas saudáveis e buscarem assistência médica em caso de alterações suspeitas. Informar para proteger. Cuidar para viver. Fonte: Ministério da Saúde

NBR 6028:2021 atualizada