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A disputa em torno do remédio que pode erradicar a hepatite C

"Em julho de 2018, o Ministério da Saúde lançou um plano envolvendo estados e municípios que visa eliminar até 2030 a hepatite C no Brasil com ampliação do diagnóstico e tratamento. Causada por um vírus, a doença pode levar à inflamação do fígado e à morte. 
Atualmente, o tratamento mais eficaz envolve doses de sofosbuvir administradas junto a outros antivirais. 
Ele é capaz de curar a hepatite C em mais de 95% dos casos. Antes do sofosbuvir, os tratamentos disponíveis eram eficazes em apenas até 50% dos casos -nos mais graves, a última tentativa pode ser o transplante de fígado e, mesmo assim, a doença pode voltar. 
Para atingir a meta de erradicar a hepatite C até 2030, o governo decidiu passar a usar o novo remédio em qualquer caso, e não apenas nos mais graves. 
Nos últimos meses, no entanto, um imbróglio envolvendo o direito de propriedade intelectual sobre o sofosbuvir tem ameaçado encarecer a política pública em mais de R$ 1 bilhão, arriscando-a. 
A americana Gilead, que lançou a substância no mercado dos EUA inicialmente em 2013, e que a vende com o nome comercial de Sovaldi, tem se envolvido em disputas comerciais em vários países no mundo, inclusive no Brasil. Ela busca garantir a patente e comercialização do remédio que, para a maioria dos pacientes, é a melhor alternativa. 
No país, um consórcio envolvendo a farmacêutica pertencente ao governo, a Biomanguinhos, oferece o mesmo produto a um preço bem menor. 
A Gilead chegou a obter a patente do sofosbuvir no dia 18 de setembro de 2018 no Brasil, mas ela foi revogada no dia 24 do mesmo mês em segunda instância pelo juiz Rolando Spanholo, da 21ª Vara da SJDF (Seção Judiciária do Distrito Federal). A decisão é liminar, ou seja, não é definitiva. Entenda o caso."

Link para matéria completa: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/09/25/A-disputa-em-torno-do-rem%C3%A9dio-que-pode-erradicar-a-hepatite-C

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