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UFF Responde: Outubro Rosa

 

Palestras, campanhas e monumentos iluminados de rosa marcam o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama em todo o mundo. Criada em 1990, a mobilização internacional do Outubro Rosa ganha cada vez mais força com os discursos de autocuidado e prevenção voltados às mulheres.

Atualmente, a campanha aborda também o câncer de colo de útero, que pode ser evitado com a vacina de HPV a partir dos nove anos de idade. O tumor de mama, no entanto, continua sendo o mais recorrente: segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2024, ele representa aproximadamente 28% dos novos casos de câncer em mulheres. Exames regulares, hábitos saudáveis e o autoconhecimento podem ajudar a conter os riscos da doença, ainda que os fatores genéticos sejam significativos para a incidência da doença.

Para abordar mais sobre a importância dos exames e trazer ainda mais informações valiosas sobre o tema, convidamos a professora do departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenadora do setor de Diagnóstico Mamário do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF), Salete de Jesus Rêgo.

Qual a importância de campanhas como Outubro Rosa para a conscientização sobre o câncer de mama no Brasil?

Salete Rêgo: O Outubro Rosa é fundamental para a conscientização sobre o câncer de mama no Brasil, onde surgem mais de 73 mil novos casos por ano, indica o Ministério da Saúde, e ainda ocorrem muitas mortes por diagnóstico tardio. Essas campanhas estimulam a detecção precoce, reduzem desigualdades no acesso à saúde, rompem tabus e mobilizam toda a sociedade. Quanto mais cedo a doença é identificada, maiores são as chances de cura. Por isso, o Outubro Rosa deve ser todos os meses: salva vidas.

Quais são os principais sintomas de câncer de mama e como reconhecê-los?

Salete Rêgo: O câncer de mama pode se manifestar de diferentes formas, e reconhecer seus sinais precocemente faz toda a diferença. O principais sintomas são:

  • Nódulo (ou caroço) na mama ou na axila, que geralmente é duro, fixo e indolor;
  • Alterações na pele da mama, como retrações, ondulações, vermelhidão ou aspecto semelhante à casca de laranja;
  • Alterações no mamilo, como a inversão súbita, quando o mamilo “entra”, coceira persistente, descamação ou feridas;
  • Secreção mamária anormal, especialmente com presença de sangue ou líquido transparente, fora do período de amamentação;
  • Mudança no tamanho ou formato da mama: aumento ou redução que não esteja relacionado ao ciclo menstrual;
  • Inchaço ou dor persistente. Embora a dor isolada não seja o sintoma mais comum, quando é constante deve ser investigada.

Como reconhecer e agir

  • Autoexame das mamas, que pode ajudar a conhecer o próprio corpo e a notar alterações. Mas ele não substitui a mamografia;
  • Mamografia de rastreamento, recomendada para mulheres entre 40 e 74 anos, a cada dois anos;
  • Avaliação médica: qualquer alteração percebida deve ser examinada por um profissional de saúde, que pode solicitar exames complementares.
                                                   As mulheres diagnosticadas com câncer de mama têm direito às leis dos 30  
dias, dos 60 dias e à reconstrução mamária /Foto: José Cruz/Agência Brasil

O que contribui para o surgimento e aumento de câncer de mama entre as mulheres no país?

Salete Rêgo: O câncer de mama surge a partir de uma combinação de fatores genéticos, hormonais e comportamentais. No Brasil, além do impacto do envelhecimento populacional, os hábitos de vida pouco saudáveis e a dificuldade de acesso aos exames preventivos têm grande peso no aumento da incidência da doença.

Existem elementos que contribuem para o surgimento do câncer de mama e são divididos em dois grupos: os não modificáveis, que não dependem das escolhas da mulher, e os relacionados ao estilo de vida, logo, modificáveis. No primeiro grupo primeiros estão: a idade, visto que o risco aumenta a partir dos 40 anos e é maior após os 50; o histórico familiar, advindo de parentes de 1º grau (mãe, irmã, filha) com câncer de mama ou ovário; a genética, com as mutações hereditárias em genes que estão entre os principais fatores de predisposição; o histórico reprodutivo, como menstruação precoce (antes dos 12 anos) e menopausa tardia (após os 55 anos), que aumentam a exposição hormonal .Por fim, a densidade mamária, em que as mamas mais densas têm o risco aumentado  e dificultam o diagnóstico precoce.

Por outro lado, os fatores modificáveis se resumem em: obesidade e sobrepeso, especialmente após a menopausa, devido ao aumento da produção de estrogênio no tecido adiposo; o sedentarismo, pois a falta de atividade física reduz a proteção natural contra a doença; a alimentação inadequada, visto que dietas ricas em ultraprocessados, gorduras saturadas e álcool contribuem para o risco do câncer. O consumo de álcool, mesmo pequenas quantidades, já aumentam a probabilidade,  junto com tabagismo, que é associado ao câncer de mama. A reposição hormonal prolongada também é um fator, já que o uso inadequado de hormônios na menopausa pode elevar o risco.

O contexto brasileiro também contribui para as elevadas taxas da doença, principalmente pelo envelhecimento da população, pois há mais mulheres em faixas etárias de risco. Não podemos deixar de falar da urbanização e mudanças no estilo de vida, que propiciam o aumento do sedentarismo, assim como o consumo de álcool e alimentos industrializados, sem contar a desigualdade no acesso à saúde. Muitas mulheres não conseguem realizar exames preventivos de forma regular, e isso aumenta os diagnósticos em estágios avançados.

Além dos exames, quais hábitos podem ajudar na prevenção (alimentação, exercícios, evitar álcool/tabaco,…)?

Salete Rêgo: Adotar alimentação balanceada, manter atividade física regular, evitar álcool e tabaco e, sempre que possível, amamentar são atitudes simples que reduzem significativamente o risco de câncer de mama. Associados aos exames preventivos, esses hábitos se tornam um poderoso aliado na luta contra a doença.

Em setembro, o Ministério da Saúde alterou a idade para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde): agora, as mulheres de 40 a 49 anos também têm esse direito. Por que é importante ampliar essa faixa etária?

Salete Rêgo: A ampliação da faixa etária para mamografia no SUS significa diagnóstico mais precoce, menos desigualdade e mais vidas salvas. Para o Brasil, onde ainda temos alta mortalidade por câncer de mama, essa mudança é uma vitória para a saúde da mulher. Ela é importante por alguns aspectos, por exemplo: a alta incidência da doença a partir dos 40 anos, tendo em vista que o risco de câncer de mama aumenta progressivamente com a idade. Os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) mostram que uma parcela expressiva dos casos no Brasil ocorre justamente entre 40 e 49 anos e, portanto, detectar precocemente nessa faixa etária permite iniciar o tratamento em estágios iniciais, quando as chances de cura ultrapassam 90%. Além disso, os tumores tendem a ser mais agressivos e de crescimento mais rápido em mulheres mais jovens antes de passarem pela menopausa, nesses casos, diagnosticar cedo pode fazer diferença decisiva na sobrevida e na qualidade de vida. O acesso à mamografia para mulheres nessa faixa etária pode diminuir as mortes evitáveis por câncer de mama, já que muitas pacientes ainda chegam ao sistema de saúde com a doença em estágios avançados. A medida promove equidade no acesso à saúde, pois, antes, as mulheres desse grupo só conseguiam a mamografia no SUS mediante pedido médico com justificativa clínica. A ampliação possibilita maior igualdade de acesso, especialmente para mulheres que dependem exclusivamente da rede pública. Além disso, também há o fortalecimento da prevenção e da conscientização, que ao reforçar a importância de programas de rastreamento populacional aproxima o Brasil de práticas já adotadas em outros países e incentiva a promoção de campanhas educativas voltadas a mulheres mais jovens, com o objetivo de ampliar a sensibilização sobre sinais e sintomas.

O câncer de mama apresenta quatro estágios relacionados ao grau de disseminação da doença. Quais são essas fases? O que pode ser feito além da busca pelo diagnóstico precoce?

Salete Rêgo: O câncer de mama vai do estágio inicial (I), em que é altamente curável, ao metastático (IV), quando o tratamento busca controle e qualidade de vida. Além do diagnóstico precoce, é fundamental garantir acesso rápido ao tratamento, promover prevenção com hábitos saudáveis e fortalecer políticas públicas de cuidado integral.

A doença é classificada em quatro estágios principais, conforme o tamanho do tumor, comprometimento dos linfonodos (gânglios) e presença de metástase. Pormenorizando os estágios do câncer de mama:

  1. Estágio I – Inicial:
  • Tumor pequeno (até 2 cm), restrito à mama, sem comprometimento de linfonodos ou com mínimo envolvimento;
  • Prognóstico muito favorável, com altas taxas de cura.
  1. Estágio II – Localmente avançado inicial:
  • Tumor entre 2 e 5 cm ou já atingindo linfonodos próximos (como axilares);
  • Ainda é considerado tratável com boas chances de cura.
  1. Estágio III – Localmente avançado:
  • Tumor maior que 5 cm, comprometimento mais extenso de linfonodos ou invasão da pele e parede torácica;
  • Exige tratamento mais agressivo (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia ou terapias-alvo combinadas).

       4. Estágio IV – Metastático:

  • O câncer já se espalhou para outros órgãos (ossos, pulmão, fígado ou cérebro);
  • O objetivo do tratamento passa a ser controlar a doença, prolongar e garantir qualidade de vida, e não necessariamente a cura.
                                                   Quando diagnosticado no início, as chances de cura da paciente com câncer de mama são maiores. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma pesquisa do portal “Gênero e número” indicou que o tratamento de mulheres em estágios mais avançados do câncer custa mais ao SUS. Como o investimento em prevenção e diagnóstico precoce pode ser melhorado?

Isso ocorre porque os estágios III e IV exigem múltiplas modalidades de tratamento, como a quimioterapia mais prolongada, radioterapia, cirurgias complexas, internações recorrentes, terapias-alvo e medicamentos de alto custo. Já nos estágios iniciais, o tratamento pode se resumir a cirurgias menos invasivas e acompanhamento clínico, com menor impacto financeiro, ou seja, quanto mais tardio o diagnóstico, maior o custo para o SUS e menor a chance de cura da paciente.

É possível melhorar a prevenção e o diagnóstico precoce por meio da ampliação do acesso à mamografia, da garantia que todas as mulheres entre 40 e 74 anos consigam realizar o exame regularmente, conforme a nova diretriz do Ministério da Saúde. Além  do investimento em unidades móveis de mamografia para regiões rurais e periferias urbanas, da redução de filas e atrasos com sistemas digitais de regulação que garantam a realização do exame e o laudo em prazos curtos, junto ao cumprimento rigoroso da Lei dos 60 dias, que obriga início do tratamento em até dois meses após o diagnóstico. É importante também a educação em saúde, com o fortalecimento de campanhas como o Outubro Rosa, de forma contínua ao longo do ano, usando escolas, empresas e redes sociais e o estímulo à alfabetização em saúde, para que mulheres reconheçam sinais suspeitos e busquem atendimento mais cedo. A atenção primária deve ser fortalecida com a capacitação de equipes da Estratégia de Saúde da Família para identificar sintomas precoces e encaminhar com agilidade, assim como estabelecer os agentes comunitários de saúde como multiplicadores de informação e facilitadores do acesso. As políticas públicas de incentivo à atividade física, alimentação saudável, redução do tabagismo e do consumo de álcool, além do apoio a programas de prevenção integrados nas escolas, UBS (Unidade Básica de Saúde) e comunidades, podem promover hábitos saudáveis. Por fim,  é possível utilizar também a tecnologia e inovação, com ferramentas de inteligência artificial e telemedicina para triagem de exames, redução de gargalos e a criação de registros nacionais unificados para monitorar dados de rastreamento e acelerar políticas públicas baseadas em evidências.

Quais são os direitos das pessoas com câncer de mama? (como a lei dos 30 dias ou lei dos 60 dias)

Salete Rêgo: As pessoas com câncer de mama têm direito a diagnóstico rápido em 30 dias, início de tratamento em tempo hábil de 60 dias, reconstrução mamária pelo SUS, benefícios trabalhistas e previdenciários, além de apoio social. Conhecer e exigir esses direitos é fundamental para garantir o cuidado digno e integral.

A lei dos 30 dias (Lei nº 13.896/2019) garante que o paciente com suspeita de câncer tenha acesso a exames diagnósticos definitivos no prazo máximo de 30 dias a partir da solicitação médica. Já a lei dos 60 dias (Lei nº 12.732/2012) determina que o início do tratamento no SUS (cirurgia, radioterapia ou quimioterapia) deve ocorrer em até 60 dias após a confirmação do diagnóstico ou em prazo menor, se houver indicação médica. A reconstrução mamária (Lei nº 9.797/1999) assegura às mulheres mastectomizadas pelo SUS o direito à cirurgia plástica reparadora da mama no mesmo ato cirúrgico ou, se não for possível, quando houver condições clínicas adequadas.

                                                  As campanhas do Outubro Rosa ocorrem por todo o país durante o mês. Foto: Felipe Frazão/Agência Brasil

Como a universidade pode auxiliar em campanhas como Outubro Rosa? Qual a importância da academia nesses momentos?

Salete Rêgo: A universidade pode atuar como espaço de ciência, cuidado e acolhimento ao ampliar o alcance do Outubro Rosa e transformar conhecimento em impacto social real. A campanha deve ser todo o ano! A universidade pode fazer a diferença com as seguintes ações:

 Educação e conscientização:

  • Promover palestras, seminários e simpósios abertos à comunidade;
  • Produzir materiais educativos acessíveis (cartilhas, vídeos, podcasts) com linguagem clara;
  • Inserir temas relacionados ao câncer de mama em disciplinas e projetos de extensão.

Atendimento à comunidade:

  • Oferecer ações de rastreamento e orientação em saúde, por meio de clínicas-escola, ambulatórios universitários ou mutirões;
  • Disponibilizar atendimentos multiprofissionais (psicologia, nutrição, fisioterapia, enfermagem, medicina).

Pesquisa e inovação

  • Desenvolver estudos sobre prevenção, tratamento e qualidade de vida de pacientes com câncer de mama;
  • Criar soluções tecnológicas (aplicativos, inteligência artificial para laudos, dispositivos de apoio);
  • Produzir dados locais para subsidiar políticas públicas.

Extensão e engajamento social:

  • Organizar campanhas de arrecadação e apoio a mulheres em tratamento;
  • Realizar parcerias com ONGs (Organizações Não-Governamentais), hospitais e secretarias de saúde;
  • Incentivar atividades culturais e artísticas que abordam o tema de forma sensível e inclusiva.

A importância da academia nesses momentos se dá pela formação cidadã, ao passo que a universidade fortalece o compromisso com a sociedade e mostra que a missão vai além da sala de aula. Dessa maneira, é possível tornar o tema mais acessível e humano, ao garantir a credibilidade científica com informações seguras e combater fake news e mitos sobre câncer de mama, por meio de integrações entre estudantes, professores e comunidade em torno de uma causa comum.

Salete de Jesus Fonseca Rêgo é professora do departamento de Radiologia da UFF e coordenadora do setor de Diagnóstico Mamário do Huap-UFF. Tem pós-doutorado em Medicina (Radiologia) na Universidade Martin-Luther (MLU), na Alemanha, é doutora em Medicina (Radiologia) pela Universidade de São Paulo (USP), tem Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Instituto Nacional de Câncer do Rio de Janeiro (INCA) e é graduada em Medicina pela Universidade Técnico Educacional Souza Marques Rio de Janeiro.

 

Por Letícia Souza.

Fonte: UFF


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