A Justiça concedeu, ontem, uma liminar que garante ao Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) a autonomia de analisar sua capacidade de atendimento em sua maternidade, recusando ou não novos pacientes, assim como a triagem dos pacientes e os cuidados com a prevenção e infecção hospitalar. A liminar, assinada pelo juiz federal Cássio Murilo Monteiro Granzinoli, proíbe que a instituição feche imediatamente e totalmente a sua maternidade.
De acordo com o diretor do hospital, Tarcísio Rivello, o espaço possui problemas de superlotação. No local há 15 leitos, sendo sete de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal e oito de UI (Unidade Intermediária). De acordo com Rivello, 17 bebês estão sendo cuidados e a intenção do diretor é atender com qualidade os que já estão internados no local.
“O hospital tem a responsabilidade de zelar pelos pacientes que estão aqui dentro. Os recém-nascidos precisam de uma atenção intensa. Estamos lidando com vidas. Temos que dar o nosso melhor. Não podemos superlotar a unidade e colocar os pacientes sem planejamento, já que ela só comporta 15 leitos”, declara Rivello que esclarece que superlotação aumenta o risco de infecção entre os pacientes. Rivello contou que pediu ajuda à Secretaria Municipal de Saúde.
Em resposta o secretário municipal de Saúde, Chico D’Ângelo, afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde pretende chegar a um acordo com o Hospital Universitário Antônio Pedro.
“Estamos à disposição para o diálogo e a busca conjunta de soluções para este e outros problemas. Decisões unilaterais não contribuem para uma rede de saúde qualificada e acessível a todos”, esclarece o secretário.
Superlotação – Outro hospital que está com todos os leitos ocupados é o Hospital Estadual Azevedo Lima. Segundo a direção do Heal, a maternidade está funcionando com toda a sua capacidade, disponibilizando 10 leitos de UTI neonatal e 10 leitos de UI neonatal.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, desde o fechamento de algumas unidades de urgência e emergência na região, há quatro anos, o Hospital Estadual Azevedo Lima é o único da região a oferecer atendimento de emergência para pacientes com baixa, média e alta complexidade.
Ainda segundo o hospital essa situação tem sobrecarregado a unidade de saúde que, por sua vez, foi criada para compor uma rede e atender apenas alta complexidade, tornando a superlotação uma realidade diária.
Fonte: O Fluminense
Comentários
Postar um comentário