A partir de janeiro de 2017, os meninos também serão vacinados contra o HPV pelo SUS. As meninas entre 9 e 13 anos já faziam parte do calendário de vacinação nacional. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde, na manhã de ontem, e inclui ainda a ampliação da agenda de vacinação contra o vírus para crianças e jovens que vivem com HIV/Aids. No ano que vem, os adolescentes também serão vacinados contra a meningite C. Para especialistas, a decisão é avanço no combate às doenças.
— A inclusão dos meninos no calendário de vacinação é um ganho extraordinário para o controle da doença. O HPV também provoca câncer neles, como o de pênis, ânus e garganta. Outro ganho importantíssimo é na diminuição do risco de transmissão na mulher que não foi vacinada. Cria-se uma proteção indireta — diz Renato de Ávila Kfouri, do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017. A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) protege principalmente contra o câncer de colo do útero na mulher.
O infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Alberto Chebabo, explica os benefícios na vacinação de adolescentes contra a meningite C:
— Há, hoje, um deslocamento da doença para outras idades, além da infância. As crianças já estão em grande parte protegidas. Assim, protege-se um grupo de risco.
O vírus HPV é transmitido, principalmente, pelo contato sexual. Um dos primeiros sinais da doença é a aparição de verrugas nos órgãos genitais do homem ou da mulher. A lesão pode ou não ser fator precursor de câncer e a identificação pode ser feita pelo paciente ou em exames preventivos, explica Marcus Vinícius de Medeiros, da Sociedade Brasileira de Urologia.
Segundo o médico, o tratamento da verruga é feito a partir de queimadura da lesão, com bisturi elétrico ou medicamento ácido. São mais de 150 tipos de HPV, e pelo menos 12 são de alto risco para o desenvolvimento de câncer. Na mulher, o principal deles é o de colo de útero.
— A vacina protege contra quatro tipos. Por isso, o uso da camisinha continua necessário — diz Marcus Vinícius.
Fonte: Jornal Extra
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