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er rotina é importante, mas especialistas dizem que, às vezes, é preciso quebrá-la

Nesta semana, adultos e crianças voltaram às suas rotinas de trabalho e estudo depois das férias. Sentir um grande cansaço nesse retorno é normal, já que o corpo desacostumou com o ritmo pesado do dia a dia. A boa notícia é que quanto mais você repetir as mesmas atividades, mais rápido seu organismo vai se readaptar à “vida real”.
— O nosso cérebro funciona por repetição, então quanto mais você fizer daquela atividade, menos difícil aquilo será e menos cansativo se tornará para a mente e o corpo — afirma Michelle Ruback, neurocirurgiã da Aliança Instituto de Oncologia.
É justamente por se acostumar com as tarefas rotineiras que o corpo entra numa espécie de “piloto automático”. De acordo com um estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, até 40% das nossas decisões diárias são baseadas em hábitos que desenvolvemos ao longo do tempo. Ou seja, suas decisões dependem em grande parte de escolhas feitas no passado. E o cérebro “gosta” desse tipo de situação, já que é mais fácil repetir do que fazer algo pela primeira vez.
— Conforme vamos aprendendo algo baseado nas experiências que tivemos e nas nossas crenças, temos tendência a repetir, mesmo entendendo que aquele hábito pode nos trazer algo de negativo. Isso acontece porque nos acostumamos a pensar que aquela é a única maneira de resolvermos alguma situação — explica a psicóloga Lívia Marques.
Se para os adultos a rotina pode parecer um pouco “perigosa” por conta do risco de viver uma vida automatizada, para as crianças ela faz muito bem.
— A rotina para a criança é extremamente importante, porque é assim que ela adquire bons hábitos e cria conexões neuronais, que possibilitam que ela possa repetir o que já fez sem precisar ser ensinada de novo. O nosso cérebro, principalmente o de crianças, tem capacidade de neuroplasticidade. Quanto mais nova a pessoa é, mais fácil pela consegue aprender e isso deve ser aproveitado — diz Michelle.
Mudar hábitos faz bem
Ter horários para fazer certas atividades ajuda o corpo a organizar seu funcionamento. Mas, dar uma escapadinha da rotina promove um alívio que dificilmente é encontrado na correria diária.
— A rotina é ótima para nos ajudar a estabelecer prioridades e evitar a sensação de que estamos atropelando tudo e ficando perdidos. Como temos um dia a dia muito afobado, uma quebra na rotina faz bem, desde que seja feita com responsabilidade — indica a psicóloga Livia Marques.
Para a especialista, é preciso mudar a ideia de que apenas grandes feitos — como viagens — podem ser consideradas “quebra” de rotina:
— Curtir uma praia, ficar em casa vendo uma série com tranquilidade, estar próximo de pessoas que você ama e que lhe fazem bem é algo muito bom para a saúde emocional.
Para deixar o cérebro ativo em todas as idades, fazer pequenas mudanças de percurso é recomendado.
— Até o caminho que você faz do trabalho para casa deve ser mudado de vez em quando, porque isso vai estimular o que chamamos de constante aprendizado cerebral e vai deixar nossas ações menos automatizadas — orienta Michelle.
Fonte: Jornal Extra

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