O inverno, que começa na próxima sexta, é o período em que especialistas mais indicam para a realização de cirurgias de varizes.
— Recomendamos mais o inverno porque é importante ficar cerca de 3 meses sem tomar sol na região. Mas, hoje em dia, as pessoas têm feito a cirurgia quando possuem mais disponibilidade de tempo, é só ter o cuidado de não expor a área ao sol nesse período — afirma Roberto Sacilotto, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
Não ter vasinhos aparentes não é garantia de estar livres das varizes. É preciso estar atento aos sinais que vão além das veias aparentes.
— Alguns sintomas devem ser observados, como cansaço ou sensação de peso nas perdas, que podem ser acompanhados de inchaço. Só uma avaliação médica pode dizer se o paciente tem insuficiência venosa crônica. Também avaliamos antecedência da doença na família e a predisposição do paciente vir e desenvolver varizes no futuro — diz o cirurgião vascular Gilberto Narchi Rabahie.
As varizes são mais prevalentes nas mulheres, numa proporção de 8 para cada um homem afetado. O uso de anticoncepcionais pode favorecer o aparecimento da doença.
— O aumento da chance está relacionado aos hormônios presentes na sua fórmula do remédio. O estrogênio altera o relaxamento das paredes das veias. A progesterona também inibe a contratilidade muscular da parede venosa, causando dilatação da veia e aumento do fluxo de sangue que passa por ali. Essas alterações fazem com que as veias trabalhem sob um regime de pressão acima do normal, o que pode resultar no surgimento das varizes — explica Walter Jr. Boim de Araujo, membro da SBACV.
Opções de tratamento
Escleroterapia
É feita através da aplicação de um líquido com produto esclerosante diretamente nos vasos. A substância promove a secagem do vaso e seu desaparecimento. O tratamento é feito por sessões com intervalo em torno de 7 dias.
Laser
Em geral, é utilizada em associação com a escleroterapia líquida ou espuma. O laser trata as varizes por cauterização, enquanto a escleroterapia líquida ou espuma, por inflamação do vaso. O número de sessões depende da quantidade de vasos.
Radiofrequência
Nesse procedimento, semelhante ao Laser, as veias são cauterizadas por meio do aumento da temperatura, mas não removidas. Os médicos inserem um cateter por meio de uma punção, que libera a radiofrequência enquanto percorre a veia doente, que perde sua função.
Escleroterapia com espuma
Consiste em aplicar uma substância esclerosante, em forma de espuma densa, diretamente nas varizes. Pode substituir a cirurgia em alguns casos. Necessita de algumas sessões nos casos em que o paciente apresente grande quantidade de varizes.
Cirurgia convencional
A cirurgia convencional para varizes também evoluiu: agora o tempo de internação é de um dia e, dependendo do caso, pode até ser feita ambulatorialmente. As incisões são estéticas, bem pequenas e quase imperceptíveis, e a recuperação também tem sido mais rápida.
Fonte: Jornal Extra
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