Pular para o conteúdo principal

Já é realidade! UFF começa a produzir seus primeiros ventiladores mecânicos

Já é realidade! UFF começa a produzir seus primeiros ventiladores mecânicos

Fonte: Assessoria de imprensa
Data: 14/05/20

Num esforço coletivo de propor ações de mitigação do impacto da pandemia de COVID-19 no Brasil, uma ação liderada pelo coordenador do curso de Engenharia Elétrica da UFF, Daniel Henrique Nogueira Dias, lança até o final dessa semana um primeiro protótipo de ventilador mecânico. O projeto faz parte da “FRENTE UFF”, iniciativa que reúne professores, alunos, colaboradores da comunidade interna e externa, com o objetivo de combater os efeitos do novo coronavírus, antes, durante e após a pandemia.
De acordo com Daniel, o projeto de produção do ventilador mecânico somou-se a outro que já estava em andamento, de confecção de equipamentos de proteção individual (EPIs), desde máscaras do tipo “faceshields” até as de tecido, assim como roupas de proteção dos agentes de saúde que estão na linha de frente no combate ao COVID-19.
“Desde a emergência da pandemia, surgiu a ideia de trabalhar na construção de algum modelo de ventilador, visto ser este o principal equipamento utilizado para casos graves da doença, e que, inclusive, estava em falta no mercado internacional. Mas após algumas conversas com equipes médicas, principalmente do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), fomos alertados de que, naquele momento, o mais urgente seria produzir EPIs, a fim de evitar que os profissionais da saúde fossem contaminados e se transformassem em potenciais vetores do vírus”, destaca.
Paralelamente à produção do primeiro protótipo de ventilação mecânica, segundo informa o coordenador, já está começando a ser fabricado um segundo protótipo, que contém modificações estruturais que irão facilitar sua montagem em larga escala, conferindo mais agilidade a todo esse processo. A finalização desses ventiladores, segundo Daniel, é essencial para que testes mais específicos possam ser realizados.
“Basicamente estes equipamentos devem seguir uma série de normas antes de estarem disponíveis para uso comercial. É fato que, durante este período de crise, os critérios necessários para sua validação estão um pouco mais flexíveis. Ainda assim, precisa-se de uma bateria de testes clínicos. Após esta etapa, um pedido de homologação deve ser feito junto à ANVISA, para que, após a análise e aprovação pelo órgão, o equipamento seja utilizado de forma operacional pelos médicos. Esses ainda necessitam de um pequeno treinamento para utilização do equipamento”, explica.
Os prazos são curtos, mas as metas são grandes. O intuito da iniciativa é o de produzir o maior número de equipamentos no tempo mais breve possível, de acordo com as necessidades que forem se apresentando. Para isso, de acordo com Daniel, o projeto está sendo desenvolvido pensando em peças e componentes que sejam de fácil acesso no mercado nacional. “Assim que o ventilador estiver disponível para uso em hospitais, faremos um cadastro das instituições (como estamos fazendo com os EPIs) e teremos uma melhor ideia de quantas unidades serão necessárias não só para agora, mas para o futuro também”.
Nada disso seria possível, ressalta Daniel, se o interesse que une as pessoas não fosse comum. Segundo ele, construir e disponibilizar projetos complexos para a sociedade de forma rápida e eficiente, a exemplo de um ventilador, faz parte do compromisso que as universidades públicas possuem com o mundo que as cerca: “as iniciativas realizadas por estas instituições não estão vinculadas ao lucro de uma única pessoa ou entidade. No meu pensamento, este é um princípio que faz a diferença em um momento como este que estamos passando. A ausência de instituições públicas, quaisquer que sejam elas, poderiam comprometer o direcionamento de suas ações, favorecendo a desigualdade e concentração de renda”, finaliza.

Fonte: http://www.uff.br/?q=noticias/14-05-2020/ja-e-realidade-uff-comeca-produzir-seus-primeiros-ventiladores-mecanicos

Comentários

Populares

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

Faculdade de Medicina da UFF celebra 100 anos com nova sede e programação especial

  A UFF celebrou, ontem (1), o centenário da Faculdade de Medicina. O evento, realizado no teatro da universidade, contou com a presença de autoridades acadêmicas e civis, docentes, servidores, estudantes e ex-alunos, reunindo gerações que marcaram a história da unidade. A programação contou com a conferência “ A Medicina nos últimos 100 anos ”, ministrada pela professora Eliete Bouskela, presidente da Academia Nacional de Medicina, além de homenagens a personalidades e ex-professores que contribuíram para a trajetória da unidade e da apresentação do Quarteto de Cordas. Na ocasião, foram entregues medalhas e troféus comemorativos, simbolizando o reconhecimento ao legado de excelência, ética e compromisso social da Faculdade de Medicina ao longo de um século. Quarteto de Cordas durante a solenidade do centenário da Faculdade de Medicina da UFF. Foto: Joaquim Guedes/SCS Com uma trajetória marcada pela excelência na formação de profissionais e pelo compromisso com a saúde pública, a u...

Vacina experimental pode trazer alívio para alergia a amendoim

Um estudo publicado no "Journal of Allergy and Clinical Immunology" nesta quarta-feira (11) demonstra como vacinas podem ser utilizadas com sucesso no tratamento de alergias. Uma boa parte das alergias ocorre quando o sistema imunológico percebe alguns alimentos como "invasores" a serem atacados. Como se o amendoim virasse um vírus, por exemplo. A partir dessa premissa, assim, cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina capaz de fazer com que o sistema imune não reaja a substâncias presentes no amendoim como se elas fossem atacar o organismo. Em testes em camundongos, três doses mensais de uma vacina aplicada pelo nariz protegeram ratos de reações alérgicas. Ao todo, a vacina foi desenvolvida após quase duas décadas de estudo. Os ratos responderam às alergias a amendoim de forma similar aos humanos afetados, com sintomas que incluíam coceira na pele e dificuldade para respirar. O estudo avaliou a proteç...

Huap-UFF é o primeiro hospital de Niterói (RJ) a realizar criobiópsia de nódulo pulmonar por meio de ecobroncoscopia

  O Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou pela primeira vez um procedimento de criobiópsia de nódulo pulmonar guiado por ultrassonografia endobrônquica radial. O uso da técnica, que é um avanço no diagnóstico precoce do câncer de pulmão, torna o Huap a única instituição a oferecer esse tipo de exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região metropolitana II do Rio de Janeiro. O procedimento, realizado no último dia 22 de agosto, é um marco na modernização do parque tecnológico do Serviço de Endoscopia Digestiva e Respiratória do Huap-UFF e  faz parte das ações do projeto “Integra – uma proposta de integração academia/serviço”,  aprovado pelo edital Nº 15/2023, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, que garantiu o valor de R$4.438.000 (quatro milhões, quatrocentos e trinta e oito mil reais) para 24 m...