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Estudo americano mostra que depressão pós-parto pode durar até três anos


Os resultados sugerem que estender a triagem para sintomas depressivos pós-parto por pelo menos dois anos após nascimento do bebê pode ser benéfico
Uma a cada quatro mulheres apresenta altos níveis de sintomas depressivos em algum momento dos três primeiros anos após o parto. Este é o resultado de um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA (o equivalente ao Ministério da Saúde do Brasil), com 5 mil mulheres americanas. O trabalho foi publicado na revista científica “Pediatrics”.

A pesquisa mostra também que as outras mães apresentaram baixos níveis de depressão durante o mesmo período. Os resultados sugerem que estender a triagem para sintomas depressivos pós-parto por pelo menos dois anos após nascimento do bebê pode ser benéfico. O tempo é muito superior aos seis meses recomendados pela Academia Americana de Pediatria, que orienta os profissionais a examinem as mães quanto à depressão pós-parto nas consultas.

No Brasil, não há uma recomendação semelhante. No entanto, a mãe deve voltar a se consultar com seu obstetra de 7 a 10 dias após o parto. A segunda consulta ocorre de 30 a 42 dias depois do nascimento do bebê. Além de avaliar a condição física da mulher, o ginecologista analisa o estado emocional da mãe.

A depressão pós-parto é caracterizada por uma série de sintomas e sinais que surgem nos primeiros 30 dias depois do nascimento do bebê, podendo durar de meses a anos, caso não seja tratada.

— A depressão não pode ser confundida com o “baby blues”, uma alteração de humor provocada pela mudança hormonal da mulher alguns dias após o parto — alerta o psiquiatra Estêvão Scotti, vice-diretor clínico da Casa de Saúde Saint Roman.

Ainda não há uma causa definida para a depressão pós-parto. No entanto, especialistas acreditam que fatores biológicos, somados às expectativas colocadas sobre as mães, possam caracterizar o quadro emocional.

— É preciso observar também se houve um quadro de depressão antes da gravidez. A condição prévia somada a todas as cobranças atuais pode contribuir para a depressão pós-parto — diz a psicanalista Sandra Hott .

De acordo com a psicóloga Nara Matos, coordenadora da equipe de psicologia do Instituto de Medicina e Cidadania, na maioria das vezes a própria mãe ou alguém da família percebe que há algo diferente ocorrendo na relação materno-infantil e pede ajuda:

— O tratamento da depressão pós-parto deve ser multidisciplinar. Dependendo dos sintomas, ele pode ser realizado com um psicólogo (para a psicoterapia), com um psiquiatra (para o tratamento medicamentoso) e, quando houver desequilíbrio hormonal, deve-se incluir um endocrinologista para acompanhar a mãe.
Saiba identificar os sintomas da depressão pós-parto

Mudanças severas de humor - A mulher que estava super feliz com a chegada do bebê passa a ficar muito triste semanas após a sua chegada

Choro excessivo - A tristeza constante provoca uma série de crises de choro ou faz com que a mãe fique chorosa por grande parte do dia

Dificuldade de estabelecer ligação com o bebê - Como o quadro depressivo foi desencadeado após a chegada do bebê, a mãe tem dificuldade de amá-lo e de vê-lo como seu filho

Alterações no apetite e no sono - A depressão mexe tanto com o apetite quanto com o sono da mãe. Ela pode passar a comer mais ou a não se alimentar direito, assim como pode apresentar quadros de insônia ou dormir demais

Perda de energia - A sensação de cansaço é constante em quem está com depressão, mesmo que a pessoa não tenha feito nenhuma atividade extenuante naquele dia. Às vezes, a fadiga surge de uma hora para outra

Redução de interesses em atividades prazerosas - A mãe deixa de querer fazer atividades gerava prazer e sensação de bem estar, como conversar com alguém querido ou cuidar de si mesma. Não é dificuldade em fazer por causa dos cuidados com o bebê, mas sim a falta de vontade de realizar tais atividades

Irritabilidade - O quadro depressivo, além de gerar tristeza, acaba deixando a mãe mais irritada do que ficaria normalmente

Medo de não ser uma boa mãe - Por conta de seu estado emocional, a mulher começa a achar que não será uma boa mãe para o seu bebê e isso a deixa ainda mais aflita com toda a situação

Dificuldade de concentração - Todos os acontecimentos associados ao quadro de depressão fazem com que a mulher fique com dificuldade de concentração, de tomada de decisões e execuções de tarefas

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