Pular para o conteúdo principal

Mais contagiosa que a Covid, morte por sarampo bate recorde, mesmo tendo vacina à disposição


Vacinação contra o sarampo
As mortes por sarampo em todo o mundo atingiram, em 2019, seu nível mais alto em 23 anos. A informação é de um relatório feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) junto com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e divulgado nesta semana. O aumento é impressionante para uma doença que pode ser evitada com vacina, e os especialistas em saúde pública temem que o quadro possa ser ainda pior, já que a pandemia do novo coronavírus tem impactado os esforços de imunização e detecção.

A contagem global em 2019 — de 207.500 mortes — foi 50% maior do que a de três anos antes, de acordo com a análise. No Brasil, foram registrados 18.203 casos de sarampo no ano passado, quando 15 pessoas morreram em razão da doença. A maioria dos diagnósticos foi em São Paulo, seguido por Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará. Do total de mortes, 14 foram no estado paulista, e uma foi em Pernambuco.

Especialistas em saúde pública disseram que os números crescentes são consequência de anos de cobertura vacinal insuficiente. Eles temem que a pandemia piore ainda mais a propagação do sarampo, uma doença que é ainda mais contagiosa do que a Covid-19.

— Estamos preocupados com a abertura de novas lacunas na imunidade por causa da Covid, além das que já existiam — disse a médica Natasha Crowcroft, consultora técnica sênior para sarampo e rubéola da OMS, ao “New York Times”, acrescentando: — Não podemos continuar da mesma forma e esperar um resultado diferente.

O relatório menciona o Brasil como um dos países que, mesmo durante a pandemia, fez campanha de imunização. No entanto, segundo índices do Programa Nacional de Imunização, até setembro de 2020, metade das crianças brasileiras não havia recebido todas as vacinas que deveria neste ano. A cobertura da primeira dose da tríplice viral, por exemplo, estava abaixo de 60%.
Diagnósticos em 2020

Embora os casos relatados de sarampo neste ano estejam abaixo do que aconteceu em 2019, especialistas em saúde pública estão analisando esses números com cautela. Eles temem que haja uma subnotificação drástica, por causa das interrupções globais nos cuidados com a saúde causadas pela pandemia, reduzindo assim a detecção e os tratamentos médicos para o sarampo — bem como os esforços de prevenção.

Os casos de sarampo podem ter diminuído como efeito colateral das precauções para prevenir a disseminação do novo coronavírus — o isolamento social, por exemplo, evita a proliferação de diagnósticos da doença. No entanto, especialistas dizem que, na melhor das hipóteses, os números baixos atuais representam apenas uma calmaria temporária.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2020 foram confirmados 7.718 casos de sarampo no Brasil. Até o mês de agosto, foram registrados cinco óbitos no país pela doença.
Entenda a doença

Vírus: O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus.

Sintomas: Entre os principais sintomas estão manchas vermelhas no rosto que se espalham pelo corpo, irritação nos olhos, febre alta e tosse.

Contágio: As principais formas de contágio são pela tosse ou pelo espirro e por outros tipos de contato com secreção.

Manifestação: De três a cinco dias é o período médio entre a contaminação e a manifestação dos primeiros sintomas.

Crianças com sarampo: Uma em cada 20 pode desenvolver pneumonia. Uma em cada dez pode desenvolver infecções de ouvido que levam à perda auditiva permanente.

Vacinação: A única forma de prevenir o sarampo é por meio da vacinação. A vacina contra a doença está disponível gratuitamente em postos de saúde do SUS, para adultos e crianças.

Comentários

Populares

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

Painel Coronavírus

Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre o COVID-19. Link:  https://covid.saude.gov.br/

Outubro Rosa

  Outubro chegou! Durante este mês, o Ministério da Saúde traz conteúdos educativos e histórias inspiradoras relacionadas à detecção e ao tratamento do câncer de mama, com o objetivo de levar informações confiáveis à população. Incentive outras mulheres a adotarem práticas saudáveis e buscarem assistência médica em caso de alterações suspeitas. Informar para proteger. Cuidar para viver. Fonte: Ministério da Saúde

Getulinho reabre a pediatria

Sem emergência há 1 ano e 2 meses e após o fim da UTI pediátrica por determinação da Vigilância Sanitária Estadual em dezembro, o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, Niterói, retomou  nesta quinta-feira os atendimentos à população, só que no estacionamento. O hospital de campanha montado, com capacidade para atender 300 crianças por dia, foi alívio para a população e deverá durar o tempo das obras de reforma da unidade. “Esperamos atender 150 por dia na primeira semana”, declarou o coordenador-geral da Força Estadual de Saúde, Manoel Moreira. Foram disponibilizados também ambulância e CTI. Ao assumir, o prefeito Rodrigo Neves decretou situação de emergência no atendimento de urgência pediátrica no município e assinou termo de compromisso para a instalação do hospital de campanha com a Força Estadual. Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia   Nesta quinta-feira, a auxiliar de serviç