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Alzheimer: novo medicamento retarda em 35% a progressão da doença

 


Imagem mostra cérebro saudável à esquerda e cérebro com Alzheimer à direita
Imagem mostra cérebro saudável à esquerda e cérebro com Alzheimer à direita

Um medicamento experimental para Alzheimer retardou em mais de um terço o declínio cognitivo em pacientes com a doença. Os resultados da fase três de testes clínicos do donanemabe foram divulgados nesta quarta-feira pela farmacêutica Eli Lily e aumentam a esperanças para um tratamento eficaz para a forma mais comum de demência.

A fabricante pretende solicitar a aprovação do novo tratamento para a FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos até o final de junho.

O donanemabe é um anticorpo que funciona removendo o acúmulo das placa da proteína beta-amiloide no cérebro, um dos principais marcadores do Alzheimer. No total, participaram do estudo 1,7 mil pacientes com estágio inicial da doença, que foram acompanhados ao longo de 18 meses. Os participantes receberam uma infusão mensal do medicamento até que as placas desaparecessem. Para a maioria deles, isso aconteceu em 12 meses.

Os resultados mostraram que o tratamento com o novo medicamento diminuiu o declínio clínico em 29% no geral - e em 35% em um conjunto de pacientes que os pesquisadores pensavam ser mais propensos a responder. Isso resultou em uma redução 40% menor na capacidade de realizar atividades da vida diária.

Aqueles que receberam a droga também mantiveram mais suas vidas cotidianas, como discutir eventos atuais, dirigir ou praticar hobbies. Um dos mais preocupantes efeitos colaterais desse medicamento, o inchaço e possível hemorragia cerebral, foi relatado em até um terço dos pacientes.

Na maioria deles, o quadro foi leve ou assintomático, apesar de ter sido detectado em exames cerebrais. Mas 1,6% desenvolveram inchaço cerebral perigoso, com duas mortes atribuídas diretamente a ele e uma terceira em investigação.

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