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Adolescentes devem prestar atenção especial à hidratação

 


A atual Copa do Mundo de Clubes, realizada nos Estados Unidos, oferece uma pista da importância da hidratação ao longo da prática esportiva. Nas partidas de futebol em que os termômetros ultrapassam os abafados 32°C há paralisação para que os atletas possam beber água. Trata-se de uma forma de permitir que os jogadores se recomponham e possam voltar a campo. Absoluta aliada para atenuar o calor, a água deve ser presença carimbada em todos os esportes, alertam especialistas. Mesmo naqueles dias em que o clima não está tão quente assim.

Médicos e nutricionistas afirmam que beber água ao longo do dia e da prática esportiva é essencial para a boa recuperação muscular, a manutenção da temperatura adequada do corpo, além de ter efeito na concentração e no bom desempenho.

O endocrinologista e médico do esporte do Instituto Cohen, Clayton Luiz Macedo pede que haja uma atenção especial para evitar episódios de desidratação em crianças e adolescentes.

— Temos no cérebro, no hipotálamo, um centro que regula a sede. Lá temos os chamados sensores de osmolaridade, que avaliam a concentração de substâncias no organismo versus o que temos de água. Esses centros normalmente são estimulados quando começamos a perder líquido. É aí que surge a sensação de sede — explica o especialista. — Quando trabalhamos com crianças e adolescentes, porém, é importante estimular a hidratação mesmo antes da sede. As crianças não percebem a sede e os adolescentes, por vezes desligados, não notam essa indicação do organismo e mesmo sentindo sede não bebem água. Desse modo, o corpo acaba se acostumando com uma hidratação aquém do ideal. A dica para essa faixa etária é não esperar notar a sede, porque quando ela vem já é possível que o corpo tenha ficado desidratado.

Há sinais que indicam que a hidratação correta foi atingida. A urina, por exemplo, se estiver em tons de amarelo escuro, ou até mesmo alaranjada, indica que é preciso beber mais água. O ideal são os tons mais claros. A mucosa dos olhos, e da língua, também se mostram mais “brilhosas”, viçosas, quando há água suficiente no organismo.

— Com a falta de água, as células também ficam desidratadas. O exercício, por sua vez, causa um tipo de inflamação subclínica e a desidratação pode acentuar isso. O cérebro também é muito sensível à falta de água e isso mexe com a capacidade de vigília e de tomada de decisão — afirma Macedo.

O aumento do calor, como mostrou o torneio da FIFA, também reforça a necessidade da hidratação durante atividades físicas. Documento da Comissão de Medicina Esportiva Pediátrica da Sociedade Alemã de Medicina do Esporte e Prevenção, de 2019, sugere que, no calor, crianças e adolescentes bebam água 15 ou 20 minutos antes da prática esportiva — algo em torno de 5 a 7 ml por quilo de peso corporal, ou seja meia garrafinha ou dois copos e meio de água para quem tem cerca de 50 kg.

Também é indicado que se beba de 10 a 13 ml de água por quilo a cada hora a mais de atividade. Nesse caso, uma pessoa de 50 kg deveria beber cerca de uma garrafinha de água inteira para uma hora de atividade sob forte calor.

Em linhas gerais, a indicação é de que o volume de água bebida por adolescentes acima de 14 anos esteja entre 2 e 2,5 litros por dia, praticamente o mesmo volume recomendado para adultos.

Como atingir a meta

Os especialistas indicam que há muitas maneiras de facilitar e aumentar o consumo de água ao longo das práticas esportivas. Celulares e relógios inteligentes, por exemplo, podem trazer lembretes para hidratação. Uma garrafinha a tiracolo também facilita o processo.

— O líquido tem que ser reposto ao longo o dia todo, porque vamos perdendo água ao longo das horas. Não existe a melhor hora para se hidratar. Porém, vale lembrar que ao acordar teremos passado muitas horas sem nos hidratar. Então, ao despertar, é bom optar pelo consumo do líquido — diz Sabrina Theil, nutricionista, CEO da Clínica Doutora Fit.

Sabrina diz que o líquido ideal para hidratação é, em geral, a água. Apesar da resistência de alguns.

— Escuto pacientes falando que não gostam de água. Por vezes é preciso criar o hábito de consumir água. Nesses momentos, uma técnica que gosto é saborizá-la com pedaços de frutas ou folhas de hortelã — aconselha a especialista.

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