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Autoexame da tireoide pode ajudar a detectar nódulos; veja como fazer

A tireoide é uma glândula que fica na região do pescoço e pode sofrer alguns problemas, como disfunções ou  surgimento de nódulos - isso é mais comum nas mulheres e estima-se que quase 50% das que têm mais de 50 anos tenham ou vão ter algum nódulo, como explicaram os endocrinologistasAlfredo Halpern e Cintia Cercato no Bem Estar desta segunda-feira (6).
Se identificado, a maior preocupação é que o nódulo seja maligno, mas no caso da tireoide, na maioria das vezes ele é benigno. Nesse caso, o nódulo deve ser acompanhado uma vez por ano através do exame de ultrassom – se permanecer com a mesma forma e tamanho, nada precisa ser feito; mas se crescer, pode ser que precise ser puncionado com uma agulha fina.
Ele deve ser puncionado também se for maior do que 1 centímetro, se for detectado em pessoas muito jovens (abaixo de 18 anos) ou muito velhas (acima de 60 anos) ou tiver características, como contorno indefinido, calcificação interior de um nódulo recente ou vascularização central ou periférica.
Confira no quadro ao lado como fazer o autoexame para identificar nódulos e outras alterações na tireoide - recomendação do endocrinologista João Eduardo Salles é que ele seja feito uma vez a cada 6 meses.
AUTOEXAME DA TIREOIDE
- Com um espelho, procure no pescoço a região logo abaixo do "pomo de adão", onde fica a tireoide
- Incline o pescoço para trás, para deixar a região mais exposta
- Beba um pouco de água
- Ao engolir, a tireoide vai subir e descer; nesse momento, observe se há algum caroço ou saliência
- Se houver alguma anormalidade, procure um endocrinologista

Se o nódulo for maligno e o paciente tiver câncer, o endocrinologista Alfredo Halpern ressalta que esse tipo da doença, na tireoide, é um dos menos agressivos e, se for diagnosticado no início e tratado do jeito certo, tem grandes chances de cura.
Geralmente, é necessário retirar a glândula e fazer reposição hormonal, mas existem casos ainda em que o médico indica a iodoterapia, um tratamento que usa iodo 131 para eliminar todos os possíveis focos de tecido que não tenham sido removidos cirurgicamente.
Quem fez esse tratamento foi a dona de casa Sueli Custódio, mostrada na reportagem da Daiana Garbin, na cidade de São Paulo - depois de retirar a tireoide e fazer o tratamento, ela segue com a reposição e com o acompanhamento médico.
Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, mulheres com mais de 35 anos, pessoas com histórico familiar de hipotireoidismo, pessoas que sofreram radiação na cabeça ou pescoço ou pessoas com doenças autoimunes devem fazer exames e investigar problemas na tireoide.
Tireoide (Foto: Arte/G1)

 Tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo
Em relação às doenças autoimunes, a endocrinologista Cintia Cercato explica que há uma delas, chamada de tireoidite de Hashimoto, que é a principal causa de hipotireoidismo.
Ela acontece porque há um erro no sistema imunológico e o organismo começa a produzir anticorpos contra as células da tireoide, provocando uma inflamação. Esses anticorpos destroem a glândula ou causam uma redução em sua atividade, diminuindo a produção dos hormônios T3 e T4, levando ao hipotireoidismo.
De acordo com os médicos, essa doença tem fatores genéticos e é mais comum em mulheres e pessoas mais velhas. Estudos mostram ainda que a deficiência de selênio no organismo também pode ser uma das causas – a recomendação, portanto, é ingerir uma castanha do Pará por dia para repor essa ausência da substância.
Um dos problemas da tireoidite de Hashimoto é que ela não dá sintomas típicos e por ser uma doença de evolução lenta, só dá sinais quando o hipotireoidismo já está instalado. Nesse caso, o paciente pode ter cansaço, depressão, falta de iniciativa, pele seca e fria, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, voz mais grossa, redução do apetite, sonolência, reflexos mais vagarosos, intolerância ao frio, cãibras, alterações menstruais nas mulheres, alterações na libido dos homens e ganho de peso.
Esses sintomas podem se agravar conforme a doença evolui e o paciente pode se sentir cada vez mais cansado e com menos energia, como foi o caso da esteticista Miriam Verrone, mostrada na reportagem do Alysson Maruyama, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Pode ocorrer ainda um aumento no tamanho da tireoide, como explicaram os médicos.
Esse aumento da glândula, inclusive, é um dos sinais que ajudam no diagnóstico. Para ajudar a detectar a doença, o médico pode pedir ainda exames de sangue para avaliar a quantidade dos hormônios T3 e T4, produzidos pela tireoide, do hormônio TSH, produzido pela hipófise, e a presença de anticorpos. Se confirmado, o tratamento quase sempre é longo e exige a dosagem dos níveis hormonais algumas vezes ao ano – a suplementação, no entanto, varia de acordo com o grau de deficiência do paciente.
Doença de Graves e hipertireoidismo
Ao contrário da tireoidite de Hashimoto, a doença de Graves causa uma produção exagerada dos hormônios tireoidianos. Também é uma doença autoimune e de fatores genéticos, que pode ser detectada pelo aumento do volume da tireoide e pelo excesso de hormônios no sangue.

Os sintomas são aceleração dos batimentos cardíacos, nervosismo, ansiedade, irritação, mãos trêmulas e que suam muito, perda de apetite, intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da sudorese, queda de cabelo, rápido crescimento das unhas, com tendência à descamação, fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas, intestino solto, perda de peso importante, alterações no período menstrual nas mulheres e olhos saltados, com ou sem visão dupla.
Fonte: G1

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