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Teste poderá detectar possível reação a vacina contra a febre amarela

Os raros efeitos adversos graves da vacina contra a febre amarela assustam quem recebe a dose e preocupam médicos por serem imprevisíveis. Buscando um caminho para minimizar esse risco, pesquisadores de Bio-Manguinhos (Fiocruz) e da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, a mesma que criou a vacina, assinaram um protocolo de pesquisa para descobrir um marcador biológico que possa identificar pessoas com essa predisposição genética. A ideia é desenvolver um kit que, por meio de uma gota de sangue, faça essa análise antes da aplicação do imunizante.

— É um estudo em que depositamos muita esperança e vai indicar se a pessoa pode receber a vacina —contou o pesquisador Reinaldo de Menezes Martins, consultor científico da Bio-Manguinhos.

Ele cita um estudo, realizado em 2014, pelo Departamento de Microbiologia e Imunologia da New York Medical College para ressaltar a imprevisibilidade da ocorrência de reações adversas graves, a chamada doença viscerotrópica, cujos sintomas são bem parecidos com os da febre amarela e pode levar à morte. A pesquisa indicou que o risco era aumentado entre homens idosos, mulheres entre 19 e 34 anos, pessoas com uma variedade de doenças autoimunes, indivíduos que tiraram o timo (uma glândula endócrina que fica na área do pescoço cuja principal função é produzir células de defesa) e crianças com menos de 11 anos.

— Há várias indicações de que os eventos adversos graves devem-se a fatores genéticos do indivíduo. Vamos analisar pessoas que apresentaram o quadro e sobreviveram e seus familiares — dise Martins.

‘Pessoas querem assumir riscos’

Estima-se que a doença viscerotrópica aconteça em um para cada 300 mil doses aplicadas. Hoje, ressalta o pesquisador, o que se faz é contraindicar a vacinação a pessoas que estão em grupos de risco: crianças com menos de 6 meses, pessoas com imunodepressão, seja provocada por doença ou uso de medicamento, e com doenças do timo. Já para pessoas com alergia a ovo ou gelatina, mulheres amamentando, gestantes, pessoas com doenças autoimunes e idosos, a aplicação da vacina deve ser avaliada, analisando-se o risco de a pessoa ser infectada.

Além disso, a imunização só deve ser feita em pessoas que moram em áreas de recomendação de vacina ou que estejam viajando para essas áreas.

— Hoje, as pessoas sabem dos efeitos adversos, mas querem assumir os riscos diante da ameaça de se ter a doença. É assim que pretendemos e temos que trabalhar — ressalta o pesquisador.


Fonte: Jornal Extra


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