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Especialistas revelam o que a maioria das mulheres não sabe sobre o câncer de mama



Grande parte da população brasileira sabe que o mês de outubro é destinado à conscientização do câncer de mama. É neste período que muitas mulheres lembram de fazer o autoexame e marcam suas mamografias. Mas o que poucos sabem é que a autoavaliação das mamas tem o momento mais apropriado para ser feita: depois da menstruação ou um dia fixo todos os meses, para aquelas que não menstruam.
— Quando você vai ficar menstruada, o corpo passa por uma alteração hormonal e a mama fica inchada. Por causa disso, a paciente pode acabar apalpando falsos nódulos. Já as mulheres que não menstruam mais, como as que estão na menopausa, por exemplo, devem escolher uma data para todos os meses se autoavaliarem — diz Andrea Petrelli, médica radiologista da Labs a+.
Para mulheres com idade a partir de 40 anos não basta fazer apenas o autoexame. É preciso, anualmente, passar por uma mamografia, que é capaz de identificar os pequenos nódulos (com menos de 1 centímetro).
— O autoexame das mamas é apenas um autoconhecimento do corpo e que poderá evidenciar alguma alteração palpável. Quando o nódulo é descoberto pelo toque, geralmente já está avançado, o que diminui as chances de cura. Os exames de imagem mamária são indicados para identificar os nódulos não palpáveis, diagnosticados precocemente sem que a paciente apresente sintomas — afirma Antônio Luiz Frasson, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
As mulheres que têm caso de câncer de mama na família devem começar o rastreio da doença com a mamografia aos 35 anos. A avaliação do risco de câncer de mama familiar deve ser feita pelo mastologista. O diagnóstico precoce é importante para o tratamento da doença porque quanto menor o tamanho do tumor menos agressivo será o tratamento e com mais chances de cura. De acordo com a SBM, um tumor leva, em média, 10 anos para alcançar 1cm, porém a cada seis meses ele dobra de tamanho.
O que não te contaram
Histórico na família importa?
Casos de câncer de mama associados à uma história familiar pode ser um sinal de predisposição hereditária ao câncer. Mas, vale lembrar que a grande maioria das mulheres diagnosticadas com câncer de mama não apresenta outros casos na família. Por isso, toda mulher precisa ficar atenta e adotar hábitos saudáveis, incluindo boa alimentação e atividade física, além de estar com as consultas médicas e exames em dia
Anticoncepcional: inimigo ou não?
Estudos recentes não sinalizam elevação do risco da doença em mulheres que fazem uso do medicamento
Ter filho evita o câncer?
A resposta é que se sabe que mulheres que têm filhos são menos suscetíveis ao câncer de mama. Ter filho faz a mulher ter uma pausa hormonal, o que diminui os níveis de estrógeno, que é considerado o alimento do câncer e, também, ao amamentar, as células mamárias produzem leite e se reproduzem menos, reduzindo a chance de tumores. Mas isto não isenta a possibilidade de desenvolvimento da doença
Menstruação precoce ou maternidade tardia: preciso redobrar a atenção?
Esses são sim fatores que aumentam o risco de ter a doença. Quem menstrua antes dos 12 anos ou é mãe depois dos 30 tem maior probabilidade de desenvolver o câncer de mama. Mas, existem outros fatores que devem ser avaliados, também.
Existem outros exames além da mamografia?
Para além da mamografia, a ultrassonografia da mama pode ajudar a rastrear possíveis nódulos. Pode-se pedir também uma ressonância magnética
Caroços nas axilas: devo me preocupar?
Vale lembrar que não é apenas na mama que aparecem sinais clínicos. A região das axilas deve estar no radar e qualquer alteração pode servir como alerta à mulher. Por isso, ao pedir o ultrassom de mamas, o médico solicitante deve incluir no pedido o exame de ultrassom das axilas.
Fonte: Jornal Extra

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