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Professor da UFF lança Atlas sobre doenças sexualmente transmissíveis sem similar no mundo, com DVD





As doenças sexualmente transmissíveis (DST),que acompanham a humanidade desde os seus primórdios, causando pavor e vergonha nos seus portadores, vão ter agora um Atlas completo, que será lançado no dia 5 de julho, durante o Congresso Mundial de Colposcopia, que se realiza no Hotel Windsor Barra, de 4 a 7 de julho. O autor, professor Mauro Romero, é o criador e coordenador do centro de referência em DST da UFF.

É um trabalho inédito, sem similar no mundo, porque disponibiliza fotos e vídeos em DVD, que vem junto com o livro e que pode ser utilizado por professores em salas de aula ou por profissionais de saúde nas suas áreas de trabalho.

Com o desenvolvimento da era microbiana, por Pasteur, foi possível conhecer os agentes dessas enfermidades e, posteriormente, com o advento da penicilina e dos antibióticos em geral, foram desenvolvidas terapias específicas e adotadas medidas preventivas. As DST, portanto, tornaram-se evitáveis e tratáveis, mas, apesar disso, são ainda muito desconhecidas e estigmatizadoras.

Nesse sentido, o Atlas pretende ser um disseminador de informações corretas e abrangentes sobre todas as DST, com cada capítulo abordando uma delas, desde as mais conhecidas, como sífilis ou herpes, até as mais complexas e de mais difícil diagnóstico, como as HPVs. São dez capítulos, com o básico e essencial das DST e mais um capítulo sobre as manifestações do HIV e outro grande sobre diagnóstico diferencial.

Casos e evoluções - Dentro de cada capítulo, os casos são contados, apresentando a evolução da doença, começando sempre com um pequeno resumo do caso clínico, ou seja, como o paciente chegou ao consultório, com quais queixas. Depois, como se complicou, qual o padrão da doença, e tudo com a sua cronologia, pois as doenças não aparecem de repente. Vão sendo relatados os diagnósticos iniciais, os primeiros erros cometidos, os acertos posteriores e, assim, todos aprendem e ensinam com os casos reais e concretos.

O Atlas contém, ainda, uma coleção de patologias de boca, ainda muito desconhecidas, mas o seu principal diferencial são os depoimentos que, preservando a identidade dos pacientes, mostram como o caso começou e como acabou. É praticamente um curso escrito e organizado pelo professor Mauro Romero Leal Passos, que conta com a colaboração de cerca de 100 especialistas, que conhecem a área em profundidade, vários deles professores da UFF, da UFRJ, USP, entre outras universidades e centros de pesquisa e de médicos que trabalham com DST.

A obra é importante para clínicos, infectologistas, dermatologistas, ginecologistas, urologistas e até pediatras, para falar apenas das especialidades diretamente procuradas por pacientes com manifestações dessas doenças, afirma o autor.

A coletânea documenta que "as DSTs estão mais presentes que nunca e que jamais estiveram sob controle no nosso país", afirma Mauro Romero. O professor esclarece ainda que os médicos não devem se contentar em diagnosticar uma DST, mas que as associações de infecções ocorrem com mais frequência do que se imagina. Tampouco, acrescenta, se deve cair na armadilha de que tudo que está nos órgãos genitais é infecção de transmissão sexual, pois muitas vezes não são.

Lançamentos - O lançamento do Atlas no Congresso Mundial de Colposcopia, às 15h30 do dia 5 de julho, será acompanhado de um exemplar da 7ª edição do “HPV, que bicho é esse?” e da 5ª edição do "Deessetologia de bolso", ambos de autoria do professor Mauro Romero. Este último é destinado ao manejo rápido pelos clínicos, para se ter à mão nos consultórios, tirando dúvidas.

O professor Mauro Romero quer ainda que o Atlas incentive os colegas a documentarem seus casos e a apresentarem suas experiências, "porque é com o intercâmbio de informações que se difunde o conhecimento gerado e adquirido, para que as pessoas tenham seus agravos à saúde pronta e adequadamente encaminhados e tratados".

A editora Revinter já confirmou que levará este livro, em setembro, para a feira de Frankfurt, na Alemanha, para que a venda dos direitos autorais possibilite a sua edição em outros idiomas e em outros países.

Fonte : HUAP

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