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Cientistas mapeiam atividade cerebral da esquizofrenia

Pacientes com esquizofrenia se caracteriza pela perda na norção de realidade, acompanhado de delírios e alucinações. Pela primeira vez, neurocientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) observaram a atividade cerebral que parece produzir esta desorganização do pensamento.

Os pesquisadores descobriram que camundongos sem a proteína calcineurina têm oscilações de ondas cerebrais hiperativas no hipocampo enquanto descansando e são incapazes de repetir mentalmente uma rota que acabaram de fazer, como os animais normais.

Mutações no gene da calcineurina têm sido encontradas em alguns pacientes com esquizofrenia. Há dez anos, pesquisadores do MIT coordenados por Susumu Tonegawa criaram camundongos sem a proteína; estes camundongos apresentaram diversos sintomas da esquizofrenia, incluindo pertubações da memória de curto prazo, déficit de atenção e comportamento social anormal.

Para o estudo, publicado na “Neuron”, Tonegawa e sua equipe do Instituto de Ciência do Cérebro Riken gravaram atividades elétricas de neurônios do hipocampo de camundongos enquanto corriam numa trilha.

Em animais sem calcineurina, os pesquisadores viram que a atividade cerebral era normal durante o percurso, mas quando eles paravam, as ondulações eram muito mais fortes e mais frequentes. Além disso, a queima de “células de localização” era maior e sem nenhuma ordem. Este padrão ajuda a explicar alguns sintomas vistos na esquizofrenia.

- Acreditamos que no modelo com o camundongo, nós podemos ter algum tipo de indicação de que há um processo de pensamento desorganizado acontecendo - afirma Junghyup Suh, pesquisador do instituto e um dos autores do artigo. - Durante os eventos de ondulação em animais normais, sabemos que existe um evento de repetição sequencial. Este mutante parece não ter este tipo de repetição de uma experiência anterior.



Fonte: Jornal Extra

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