Ainda em fase experimental de estudo, uma técnica cirúrgica desenvolvida na Universidade Estadual Paulista (Unesp) já é vista como esperança de cura para impotência sexual provocada pela prostatectomia (retirada da próstata). O método, que já beneficiou dez pacientes, será apresentado no Congresso Brasileiro de Urologia, no mês que vem, e no encontro anual da American Society for Peripheral Nerve, em janeiro de 2014, no Havaí.
De inédito, a técnica — batizada de reinervação peniana por enxertos femoro-penianas — traz o emprego da chamada neurorrafia término-lateral (veja explicação ao lado), que permite a reativação eficaz de nervos responsáveis pela ereção. Com frequência, essas estruturas acabam sendo lesadas nas cirurgias de retirada da próstata, por passarem por trás da glândula, bem junto à membrana que a recobre.
A prostatectomia é realizada em casos de câncer ou adenoma de próstata, embora esta última raramente provoque disfunção erétil.
Segundo o urologista José Carlos Souza Trindade, professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, dos dez homens beneficiados pela nova técnica, quatro já recuperaram a ereção peniana de forma efetiva. Participaram do estudo pacientes entre 45 e 70 anos, que tinham extraído a próstata há, pelo menos, dois anos e que fracassaram no uso de outros métodos contra impotência.
— Pelos resultados, já demonstramos que a técnica funciona. Vamos pegar mais casos para ter um valor estatístico maior do sucesso dela. A operação também renova o psicológico do paciente. É como uma luz no fim do túnel.
Fonte: Jornal Extra
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