O Ministério da Saúde divulgou, ontem, um novo protocolo com diretrizes para tratamento de psoríase. Cerca de cinco milhões de brasileiros convivem com a doença, que afeta pele, unhas e, em casos mais graves, articulações. A publicação do documento veio dias após o lançamento da Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
— Nosso objetivo é reforçar que o problema pode ser controlado. Com o tratamento, melhora-se muito a qualidade de vida — explica o dermatologista Marcelo Arnone, coordenador da campanha e médico do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Devido à ocorrência de lesões em áreas expostas do corpo, pessoas com psoríase tendem a ficar reclusas, o que prejudica a inserção social e o trabalho. Muitas desenvolvem depressão. O impacto na vida sexual chega a ser visto em 70% dos pacientes.
As formas moderada e grave da doença estão associadas a maior risco de hipertensão, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, o que reduz a expectativa de vida.
Problema inflamatório crônico, ligado ao sistema imunológico, a psoríase tem origem genética. Estresse e ansiedade agravam as lesões.
— Tabagismo, consumo de álcool e uso de certos remédios também podem piorar a doença — diz o dermatologista José Luiz Côrtes, coordenador do Serviço Municipal de Dermatologia Sanitária Professor René Garrido Neves.
De acordo com Arnone, o tratamento, que envolve aplicação de cremes e pomadas, possibilita a redução ou até o desaparecimento das lesões. Pacientes graves precisam ainda de medicamentos orais ou injetáveis.
Entre 20% e 30% dos casos evoluem para artrite psoriásica, que pode deixar deformidades nas articulações.
Fonte: Jornal Extra
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