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Gentileza: pesquisa mostra que ser bondoso ativa sistema de recompensas do cérebro

Maiko com os presentes arrecadados para as crianças da comunidade do Borel.

Praticar atos gentis no dia a dia é bom não só para quem recebe, mas para quem faz. Este foi o resultado de um estudo divulgado por psicólogos da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Nesta quarta-feira, é celebrado o Dia da Gentileza.
Os pesquisadores analisaram imagens do cérebro de mais de mil pessoas que tomam decisões gentis. E perceberam que a generosidade ativa de forma surpreendente a área responsável pela sensação de recompensa.
— O sistema de recompensa fica localizado em uma parte primitiva do cérebro. Numa experiência prazerosa, o cérebro produz um neurotransmissor chamado dopamina, que ativa o sistema de recompensa, localizado na área onde temos muita força de sobrevivência, que nos leva à ação. Partimos do desejo e passamos a ter um comportamento que nos leve a concretizar a experiência de prazer em pouco tempo — explica a psicóloga Danielle Pinheiro.
A descoberta científica já era observada por especialistas e por quem pratica a gentileza com frequência. Para a psicóloga Thalita Martignoni, ser gentil traz mais satisfação do que adquirir coisas:
— Uma das características visíveis é a alegria, pois o senso de pertencimento à comunidade e a construção de laços sociais duradouros são excelentes preditores de saúde e bem-estar, muito mais do que a posse de bens materiais.
Além da alegria, a disposição em ajudar, a solidariedade, a compreensão e o respeito são algumas das características das pessoas que costumam ser qualificadas como gentis. Mas engana-se quem pensa que elas são “bobinhas”.
— Pessoas gentis são aquelas que estão disponíveis para auxiliar no que for preciso, mas sem deixar que a explorem. Isto é importante pontuar, porque ser gentil não é ser uma pessoa “boba” e manipulada por todos. Ela presta o favor, age por si mesma, sem esperar nada em troca, mas entende quando está sendo manipulada e impõe seus limites — alerta a analista comportamental Mariza Baumbach.
A melhor maneira de manter a gentileza em dia é sendo gentil sempre que a chance surgir. Como dizia o profeta: “gentileza gera gentileza”.

‘É transformador para nós mesmos’

Maiko Arpino, voluntário e administrador, 55 anos
Comecei no voluntariado por observar as ações que meu pai realizava em prol do próximo. Minha primeira atividade voluntária foi em 1979. Fazíamos um trabalho com crianças da Comunidade do Morro do São Carlos. Eu sou voluntário porque é uma atividade transformadora, principalmente de nós mesmos. Se pretendemos transformar o mundo, devemos começar por nós mesmos. É uma atividade que nos dá crescimento pessoal e promove ações que melhoram a situação, ora de uma pessoa, ora de toda uma comunidade. Atualmente faço voluntariado na Casa Ronald McDonald, Casa de Padre Pio, Comunidade do Borel, Morada da Esperança e distribuição de sopa nas ruas do Rio de Janeiro às pessoas em situação de risco social (moradores de rua).
Fonte: Jornal Extra

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