Pular para o conteúdo principal

Intolerância à lactose: entenda o que é, os sintomas e como tratar

 

Jarra e copo de leite

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com intolerância à lactose circunstancial. A informação foi dada pela coluna Retratos da Vida, do EXTRA. Por conta disso, ele vai precisar adaptar sua dieta. A intolerância à lactose é a incapacidade do organismo de digerir a lactose — o açúcar do leite presente no líquido e em seus derivados.

Esse problema pode ter origem genética — a criança nasce com deficiência na produção da lactase, enzima responsável por transformar a lactose em carboidratos menores para a melhor digestão — ou então ser circunstancial, ou seja, surgir ao longo da vida devido à diminuição na produção da lactase em consequência de doenças intestinais ou do envelhecimento.

O presidente Lula tem 77 anos.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, por exemplo, pode ser um fator que aumenta o risco de inflamações intestinais que prejudicam a absorção de nutrientes e a produção de lactase para a digestão de lactose.

Os principais sintomas da intolerância à lactose são:

  • Diarreia;
  • Dor abdominal;
  • Distensão abdominal;
  • Cólica;
  • Gases;
  • Náuseas
Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer.

A intolerância à lactose não é uma doença, mas uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos, segundo o Ministério da Saúde. Pode-se fazer o uso de cápsulas de lactase para ajudar na digestão.

No entanto, o ideal é mudar os hábitos alimentares, evitando o consumo de leite de vaca e seus derivados (queijos, iogurtes, requeijão). Recomenda-se também evitar o consumo de açúcar e bebidas alcoólicas, pois estas substâncias favorecem a inflamação do intestino, prejudicando a digestão da lactose.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue e análise dos sintomas do paciente. O tratamento ajuda a evitar o surgimento dos sintomas, que apesar de não serem graves, são desconfortáveis.

A intolerância à lactose afeta 70% da população mundial em algum grau, aponta um levantamento do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

Um estudo brasileiro conduzido pelo Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná descobriu que uma variação genética presente em populações negras aumenta a propensão desse grupo de pessoas a desenvolver uma intolerância à lactose. O trabalho foi publicado na revista científica Frontiers in Genetics.

Os pesquisadores avaliaram em 25 populações de 12 países latino-americanos, com ênfase em negros e quilombolas, a presença do alelo (parte do gene que dá as coordenadas) responsável pela persistência da lactase — enzima essencial para a digestão do leite e derivados.

A ausência dessa enzima, que já é alta entre os povos latino-americanos, se mostrou ainda mais sensível nas populações negras e quilombolas, segundo o estudo.

Intolerância x alergia

Não se deve confundir intolerância com alergia à lactose. Segundo o Ministério da Saúde, a alergia é uma reação imunológica adversa às proteínas do leite, que se manifesta após a ingestão de uma porção, por menor que seja, de leite ou derivados. A mais comum é a alergia ao leite de vaca, que pode provocar alterações no intestino, na pele e no sistema respiratório (tosse e bronquite, por exemplo).

Comentários

Populares

UFF Responde: Sífilis

  Outubro é marcado pela campanha nacional Outubro Verde, que visa combater a sífilis e a sífilis congênita no território brasileiro. Segundo o Boletim Epidemiológico sobre a doença, divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que, entre 2021 e 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis cresceu 23%, enquanto a detecção em gestantes aumentou 15%. O aumento dos casos gera preocupação entre os especialistas. Neste UFF Responde, convidamos a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (ISC/UFF), Sandra Costa Fonseca, para esclarecer detalhes sobre a doença, meios de prevenção e de tratamento. O que é Sífilis? Como podemos identificar os sintomas? Sandra Costa Fonseca:   A sífilis é uma infecção sistêmica de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão é predominantemente sexual e em gestantes pode ocorrer a transmissão vertical para o feto (sífilis congênita). Quando não tratada, progride ao longo dos anos por vários ...

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Painel Coronavírus

Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre o COVID-19. Link:  https://covid.saude.gov.br/