Pular para o conteúdo principal

Menopausa: Luana Piovani não é a única a reclamar; 70% das mulheres não se sentem preparadas para os sintomas; entenda

 

O comprometimento cognitivo relacionado à menopausa acontece com mulheres na faixa dos 40 e 50 anos e é atribuído ao declínio de estrogênio


A atriz e apresentadora Luana Piovani usou suas redes sociais neste domingo para reclamar dos sintomas da famosa menopausa. A artista de 46 anos, começou a falar sobre o período em outubro do ano passado quando decidiu compartilhar o tema com seus cerca de 5 milhões de seguidores.

"Esse negócio de menopausa não é mole não. Eu já estou com meu negocinho de zumbido no ouvido, mas não está tão alto, não me incomoda muito. Mas esquecer as coisas, da memória não estar funcionando. Ficar 'ééééé?'. Que coisa chata", disse.

Porém, isso não ocorre apenas com Piovani. Embora seja um marco inevitável na vida de todas as mulheres, a menopausa é considerada um tema deixado de fora da conversa pela maioria da população. Segundo estudo feito pela empresa de higiene e saúde Essity, 7 em cada 10 mulheres brasileiras estão despreparadas para a chegada desse momento e concordam que o assunto ainda é considerado um tabu no país.

O levantamento da Essity, que ouviu mais de 2 mil brasileiras, revelou também que 55% das mulheres disseram não gostar de falar sobre o assunto por ser ligado à velhice e à “deterioração” do corpo.

Segundo especialistas, isso ocorre por conta do estigma criado em torno do assunto de que a menopausa é ligada à sintomas ruins, como as ondas de calor, popularmente conhecidas como fogachos, suores intensos (sudorese), irritabilidade, alteração de sono (insônia), alteração de memória, ardência e secura vaginal, além de dor na relação sexual, perda de massa óssea, desanimo, cansaço, dores articulares, entre outras. Sinais e manifestações muitas vezes ligados à velhice e à perda de capacidade sexual, o que é extremamente difícil para uma mulher aos 50 anos considerada jovem para os dias de hoje.

No Reino Unido, o número é ainda maior, cerca de 80% das britânicas entre 18 e 74 anos relatam estar “despreparadas” para o momento, e apenas 17% disseram saber amenizar os impactos no corpo.


Perda de memória

Assim como Piovani relatou, o nevoeiro cerebral, como é chamado é bastante comum entre as mulheres que estão na menopausa — principalmente depois do primeiro ano do processo. Segundo a neurologista assistente do Hospital Lenox Hill em Nova York, Gayatri Devi, o comprometimento cognitivo relacionado à menopausa acontece com mulheres na faixa dos 40 e 50 anos e é atribuído ao declínio da estimulação cerebral por estrogênio que ocorre em todas as mulheres com efeitos variados. Alguns são mais sensíveis à queda dos níveis de estrogênio do que outros.

Os sintomas cognitivos relacionados à menopausa são muito semelhantes à “quimioterapia cerebral”, uma queixa comum entre mulheres tratadas de câncer de mama e em alguns homens tratados de câncer de próstata. O tratamento de ambas as doenças geralmente resulta em uma queda abrupta nos níveis de estrogênio.

As pessoas com o chamado nevoeiro cerebral após o tratamento do câncer “têm problemas com memória de curto prazo, multitarefa, formulando palavras e reunindo pensamentos convincentes”, disse Devi.

“Mulheres com comprometimento cognitivo relacionado à menopausa temem estar desenvolvendo alguma forma de demência, mas se forem a um especialista em distúrbios de memória, podem não obter o diagnóstico correto”, revelou a neurologista.


Tratamento

Segundo a especialista, dependendo do diagnóstico e do comprometimento cognitivo relacionado à menopausa, o médico pode prescrever ao paciente um determinado tempo de terapia de reposição hormonal como forma de tratamento.

Ela é reconhecida como a abordagem mais eficiente para tratar os sintomas da síndrome do climatério, e ainda previne os efeitos da falta do estrógeno —especialmente para a redução das ondas de calor e suores, além de fraturas, câncer colorretal, doença cardíaca coroniana, diabetes, bem como manter equilibrados os níveis de colesterol.

Porém, nem todas as mulheres podem ter acesso a este tipo de tratamento. A terapia é contraindicada para mulheres que tiveram ou têm: câncer de mama, câncer de endométrio, sangramento vaginal de causa desconhecida, doença cardíaca coronariana e infarto agudo do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), histórico de tromboembolismo ou de doença hepática grave.

Vale lembrar que a maioria dos sintomas pode durar mais de uma década, porém, uma grande parte das mulheres sentem os sinais em torno de 7 a 9 anos após o início da menopausa.

Comentários

Populares

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Getulinho reabre a pediatria

Sem emergência há 1 ano e 2 meses e após o fim da UTI pediátrica por determinação da Vigilância Sanitária Estadual em dezembro, o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, Niterói, retomou  nesta quinta-feira os atendimentos à população, só que no estacionamento. O hospital de campanha montado, com capacidade para atender 300 crianças por dia, foi alívio para a população e deverá durar o tempo das obras de reforma da unidade. “Esperamos atender 150 por dia na primeira semana”, declarou o coordenador-geral da Força Estadual de Saúde, Manoel Moreira. Foram disponibilizados também ambulância e CTI. Ao assumir, o prefeito Rodrigo Neves decretou situação de emergência no atendimento de urgência pediátrica no município e assinou termo de compromisso para a instalação do hospital de campanha com a Força Estadual. Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia   Nesta quinta-feira, a auxiliar de serviç

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

Médicos importados

O governo federal decidiu importar médicos para suprir a falta de profissionais em programas de atenção básica, como o Saúde da Família, e em cidades do interior do País. A medida, que será anunciada pela presidenta Dilma Rousseff, inclui a flexibilização das normas de validação de diplomas obtidos em faculdades estrangeiras. A decisão, que deverá ser anunciada até o fim de fevereiro, prevê a contratação de milhares de médicos . O governo acredita que muitos cubanos serão atraídos pelos novos empregos. Efeito sanfona Por falar em saúde: a pressão arterial de Pezão voltou a subir no fim da manhã de ontem. Pessoas próximas dizem que o problema está relacionado às bruscas variações no peso do governador em exercício. Ele acaba de terminar outra temporada em um SPA.  Fonte : O Dia

Painel Coronavírus

Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre o COVID-19. Link:  https://covid.saude.gov.br/