No próximo domingo, a partir das 9h, a praia de Copacabana vai receber a 4ª edição da Caminhada Contra a Obesidade na Síndrome de Prader-Willi (SPW). O evento tem como objetivo divulgar informações sobre a condição e promover brincadeiras e atividades lúdicas para as crianças, chamando a atenção para a importância do exercício físico e da alimentação saudável, especialmente para esse grupo de pessoas.
— Informar a sociedade, capacitar profissionais da saúde e divulgar a Síndrome de Prader-Willi são objetivos fundamentais para melhorarmos a qualidade de vida de quem tem a condição no país. E a caminhada é uma ótima oportunidade para isso — diz Liane Mufarrej Motta, porta-voz da Associação Brasileira da Síndrome de Prader-Willi (SPW Brasil).
Genes maternos
Essa é uma condição genética, causada pelos genes maternos contidos em uma parte do cromossomo quinze. A síndrome afeta o desenvolvimento da criança, principalmente as partes metabólicas, motoras e neurológicas: quando bebê, a criança sente dificuldade para comer, mas a partir dos 2 anos de idade, o padrão inverte e ela passa a comer impulsivamente, já que não se sente saciada.
O diagnóstico precoce é importante para evitar evolução da síndrome, que pode causar obesidade mórbida.
— A condição também atrasa a puberdade (por afetar a produção hormonal). Quanto antes for diagnosticada, melhor será a correção do curso da doença — explica a endocrinologista pediátrica Latife Salomão Tyszler coordenadora do ambulatório de SPW do Instituto estadual de Diabetes e Endocrinologia.
De acordo com o geneticista Cássio Luiz de Carvalho, o tratamento de SPW tem se mostrado muito promissor, principalmente quando iniciado nos primeiros meses de vida:
— Começamos a fazer o tratamento com o hormônio do crescimento. Vimos que nos casos que eram diagnosticados precocemente e a terapia era iniciada rapidamente, as crianças respondiam bem não só na altura, mas no comportamento também.
O diagnóstico é feito a partir da observação dos sintomas e da realização de um exame de sangue que vai avaliar o DNA da criança.

Fonte: Jornal Extra
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