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Campanha ‘Alzheimer, conviver é viver’ comemora 10 anos com o lema ‘Vamos nos cuidar’

 Zico é o embaixador do Alzheimer no Brasl

A campanha Alzheimer, conviver é viver’ está comemorando dez anos. Com o lema “Vamos nos cuidar”, o “Setembro Lilás” tem como objetivo conscientizar a sociedade, combater o estigma associado à doença e valorizar o papel dos cuidadores.

Artistas, personalidades e figuras públicas apoiam a campanha do Alzheimer no Brasil, que tem como embaixador Zico. Desde 2016, o ex-jogador de futebol ajuda a ampliar o alcance da conscientização, mobilizando uma parcela maior da população a se engajar e compreender melhor essa condição de quem convive com Alzheimer.

Segundo o idealizador da campanha, Lino Piñon, o ponto sobre a questão do Alzheimer e outras formas de demência são as estatísticas e projeções alarmantes, especialmente em países com população envelhecendo rapidamente, como o Brasil.

— A prevenção, especialmente através da modificação de fatores de risco, é uma estratégia vital nesse cenário. A conscientização sobre esses fatores modificáveis é um primeiro passo importante. Educar as pessoas sobre os riscos associados ao tabagismo, sedentarismo, isolamento social, consumo excessivo de álcool e o controle de doenças como hipertensão e diabetes pode ter um impacto significativo na redução das taxas de demência no futuro —, diz Lino.

— Além disso, ações práticas também podem ser incentivadas, como: programas de atividade física - encorajar atividades físicas regulares não apenas beneficia o coração e os pulmões, mas também a saúde cerebral. Promoção de dieta saudável: alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e peixes. Incentivo à interação social - atividades comunitárias, grupos de hobby e programas para idosos podem combater o isolamento. Campanhas de conscientização - educar a população sobre os riscos do consumo excessivo de álcool e do tabagismo. Além da prevenção, considerando que estas ações podem contribuir para reduzir as chances de desenvolver demência em até 40%, investir em pesquisa para compreender melhor a doença e encontrar tratamentos mais eficazes é crucial. Também é essencial treinar profissionais de saúde e cuidadores para melhor atender a essa população. Como sociedade, reconhecendo o problema e agindo proativamente, podemos esperar um futuro mais promissor em relação ao Alzheimer e outras demências —, completa.

A demência, segundo especialistas, incluindo a doença de Alzheimer, tem um impacto profundo tanto no indivíduo afetado quanto em seus cuidadores. A evolução da doença pode levar a múltiplos desafios, como a perda de autonomia do indivíduo, sobrecarga emocional e financeira para os cuidadores, e, em muitos casos, o isolamento social.

Na avaliação de Piñon, há uma necessidade urgente de políticas públicas que visem amparar e apoiar essas pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade:

— O reconhecimento do cuidador é um ponto muitas vezes negligenciado. O cuidador, seja ele familiar ou profissional, desempenha um papel crucial na vida da pessoa com demência. Reconhecer esse trabalho para fins de aposentadoria é uma forma justa e necessária de valorizar esse esforço.

Outro ponto é a conscientização sobre a saúde auditiva, especialmente quando consideramos a relação entre perda auditiva e o risco de demência.

— Descentralizar o diagnóstico e torná-lo mais acessível pode, não apenas ajudar na detecção precoce da demência, mas também melhorar a qualidade de vida de muitos que enfrentam problemas auditivos. Portanto, um maior aporte orçamentário seria essencial para tornar as próteses auditivas mais acessíveis, beneficiando assim um grande número de pessoas. O diagnóstico precoce é crucial para uma intervenção eficaz. Capacitar profissionais da atenção primária e da rede de atenção psicossocial, fornecendo-lhes as ferramentas e os recursos necessários, pode fazer uma grande diferença na trajetória da doença. Estas são propostas fundamentais que, se implementadas, poderiam fazer uma grande diferença na vida de muitos brasileiros. E em tempos em que a população está envelhecendo, é imprescindível que estas políticas sejam priorizadas — alerta.

— O Alzheimer é uma doença que ainda não tem cura e não só afeta o paciente, mas toda a família que vive ao redor. Ter um local onde se pode confiar, um ambiente acolhedor, com profissionais capacitados e dedicados é algo que não tem preço. A segurança e alívio que os familiares sentem ao saber que seus entes queridos estão sendo bem cuidados é imensurável. É fundamental que os governantes e políticos reconheçam a importância de investir em instituições e centros especializados para essa doença tão devastadora. Não é apenas sobre tratamento médico, é sobre qualidade de vida, é sobre dignidade e respeito —, diz Piñon:

— É importante que a sociedade e os políticos reconheçam a importância dessas instituições e invistam em sua multiplicação e aprimoramento. Afinal, cuidar de nossos idosos e garantir que eles tenham qualidade de vida não é apenas um dever, mas uma questão de humanidade e empatia. A esperança é que, em breve, mais cidades e estados brasileiros tenham acesso a centros de excelência como o de Volta Redonda, garantindo um futuro mais compassivo e inclusivo para todos.

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