Uma boa noite de sono é melhor do que qualquer remédio. Dormir pouco
pode causar aumento de peso e estresse e ainda elevar o risco de algumas
doenças, como diabetes, obesidade, hipertensão e outras doenças
cardiovasculares.
A falta de sono pode gerar uma série de alterações no organismo, como
disse o endocrinologista Alfredo Halpern. A secreção de alguns hormônios
está relacionada ao sono, e quando há privação de descanso, ocorrem
mudanças que contribuem para o acúmulo de gordura corporal e podem
causar estresse e dores no corpo.
Segundo o professor de Medicina Marco Túlio de Mello, uma pessoa que
dorme pouco fica mais mole, mais fraca, irritada e com menos vontade e
disposição para praticar atividades físicas.
Além disso, é comum que essa pessoa sinta dores no corpo porque há
diminuição na secreção de substâncias, como a serotonina e a endorfina,
que são associadas a respostas dolorosas.
Fora isso, dormir pouco aumenta o risco de doenças porque o sistema
imunológico precisa de descanso para responder à ameaças com eficiência.
Doenças como obesidade, colesterol alto e hipertensão podem ser
desencadeadas pela falta de sono.
Alguns fatores que contribuem para uma boa noite de sono é ter um
ambiente escuro, a queda de temperatura do corpo e a secreção da
melatonina, hormônio que induz o sono. Mas existem também alguns
alimentos que podem ajudar a pegar no sono, como o chá de camomila, o
suco de maracujá, o leite e o sanduíche de queijo.
Para quem tem dificuldades para dormir, é importante evitar café,
exercícios físicos, computador e muita luz antes de se deitar. A
alimentação deve ser mais leve, com carboidratos, leites e derivados e
até mesmo carnes, que podem ajudar a induzir o sono.
Mas esse problema é ainda mais complicado para quem trabalha na
madrugada, que além de não conseguir manter uma rotina de sono, também
tem dificuldades para seguir uma dieta saudável. Segundo o
endocrinologista Alfredo Halpern, o ciclo da alimentação e a queima
calórica dessas pessoas são diferentes.
Quem come durante a madrugada deixa de ter horários normais para as
refeições, os hábitos mudam e a alimentação fica desregrada. Além disso,
o metabolismo é mais lento na madrugada e isso dificulta a queima de
calorias. O padrão de sono desordenado também faz com que a pessoa coma
mais durante o dia, o que favorece o aumento de peso.
De acordo com o especialista em sono Marco Túlio de Mello, quem dorme
durante o dia tem 6 horas e 40 minutos de sono, enquanto quem dorme à
noite tem, em média, 7h40 de sono. Estudos do Instituto do Sono apontam
que no primeiro ano de trabalho na madrugada, as pessoas engordam entre 5
e 6 quilos; e depois deste período, de 2 a 3 quilos anualmente.
A dica dos especialistas para quem troca a noite pelo dia é evitar
alimentos gordurosos, não beliscar e não dormir logo que chegar em casa
pela manhã.
A recomendação é que essa pessoa faça todas as refeições do dia: tome
café da manhã ao chegar do trabalho, almoce, durma no fim da tarde e
jante antes de voltar ao trabalho.
Se bater a fome durante a madrugada, é melhor optar por alimentos leves
como pães integrais, queijo franco, alface, tomate ou uma fruta. Essa
rotina vai ajudar a manter a alimentação próxima do normal e, nos dias
de folga, é importante que a dieta continue com a ordem de café da
manhã, almoço e jantar.
Fonte : G1
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