Cerca de 200 alunos da Universidade Federal Fluminense protestaram contra a privatização de hospitais universitários. Engarrafamentos atrapalharam toda rotina de vários bairros.
A sexta-feira foi muito complicada para quem precisou chegar a Niterói ou circular pelos bairros da cidade. Uma manifestação de estudantes de medicina e enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) desencadeou diversos pontos de congestionamento durante toda a tarde e início da noite de sexta-feira.
A lentidão teve reflexos nas avenidas Roberto Silveira, Marquês de Paraná, Contorno e Alameda São Boaventura. A Rodovia BR-101, no trecho Niterói-Manilha, registrou cerca de sete quilômetros de congestionamentos, chegando nas imediações do Shopping São Gonçalo.
Os alunos se reuniram em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), com a finalidade de cobrar melhorias na saúde e na educação. Como a unidade de saúde fica em uma das principais vias de acesso da cidade, a Avenida Marquês de Paraná, a diminuição do fluxo de veículos no local acabou gerando reflexos.
Segundo a Niterói Transporte Trânsito (NitTrans), por volta das 10h30, horário que a manifestação começou, oito agentes de trânsito foram deslocados para a via. Ao mesmo tempo, em todos os nove cruzamentos da Avenida Roberto Silveira tinha um operador de trânsito. Mesmo assim, por volta das 13h, o trânsito começou a ficar complicado e a faixa seletiva foi aberta para escoar o fluxo. Mas não foi o suficiente.
Com o nó no trânsito da cidade, houve redução na circulação de ônibus e os pontos ficaram lotados. Além disso, muitas pessoas preferiram descer dos coletivos e seguir a pé até o destino desejado. Para o engenheiro Marcelo Campos, de 34 anos, que saiu de Icaraí e pretendia chegar ao centro da cidade, foi uma surpresa desagradável.
“Geralmente faço este trajeto em 15 minutos, talvez meia-hora. Mas hoje (ontem) já tem quase uma hora que estou no trânsito e ainda não cheguei ao Centro. Acho que vou perder meu compromisso. O trânsito na cidade é ruim e qualquer coisa colabora para gerar um caos”, afirmou.
Manifestação – Cerca de 200 alunos fizeram parte do protesto. Com cartazes em punho e gritando palavras de ordem como: “O SUS é nosso, é um direito, Antônio Pedro não vai fechar nem mais um leito”, os estudantes questionavam o fechamento de 50% dos leitos da unidade e a possibilidade de privatização dos hospitais universitários.
De acordo com um dos coordenadores do diretório acadêmico e estudante de medicina da UFF, Barros Terra, 240 funcionários entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem tiveram seus contratos rompidos. Com isso, segundo ele, metade dos leitos foram fechados, havendo apenas 134 leitos para atender a uma demanda de 2 milhões de pacientes de Niterói, São Gonçalo e outras nove cidades no entorno.
“As pessoas não são números! Atualmente, 134 leitos estão disponíveis para atender a população de 11 municípios. Queremos concurso público, funcionários estatutários para que o hospital não feche suas portas”, completou.
A administração do Huap confirmou que 50% dos leitos do hospital foram fechados, já que não há profissionais suficientes para atender a demanda da população, mas afirmou que a medida é temporária e foi tomada depois que os contratos de alguns profissionais tiveram que ser cancelados. A direção do hospital afirma, ainda, que será realizado um novo concurso público para provimento de algumas vagas na área da saúde e que luta para que um outro concurso público seja aberto o quanto antes. não presidencial.
Fonte : O Fluminense
Comentários
Postar um comentário