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Segundo a Cervical Cancer-Free Coalition, incidência da doença na Região Norte do Brasil é maior que na Índia


O câncer de colo do útero no Brasil, principalmente na Região Norte do país, é alarmante. Nos estados do Norte, a situação é semelhante à da Índia, onde há maior taxa de mortalidade da doença no mundo, segundo o site da Cervical Cancer-Free Coalition. Na região, a incidência da doença chega a quase 24 casos por 100 mil mulheres. Na Índia, a incidência é de 20 casos a cada 100 mil habitantes e a taxa de mortalidade beira a 68 mil casos por ano.

O que deixa os países mais próximos são as circunstâncias que levam a prevalência da doença. O câncer de colo do útero está geralmente relacionado ao vírus papiloma humano, reconhecido como HPV, mal que atinge 685,4 mil pessoas no Brasil. Tanto a Índia como o Brasil trabalham para diminuir a infecção do vírus e aumentar o rastreamento da doença com exames preventivos. 

Para o oncologista Krishnansu Tewari, da universidade da California, um dos fatores que preocupam o cenário dos dois países é o acesso ao tratamento após o diagnóstico. “A longo prazo, as ações de rastreamento e prevenção diminuirão a incidência da doença nos países em desenvolvimento, porém, precisamos ter atenção em relação à forma como devemos cuidar das mulheres que já estão com o câncer e que precisam de acesso aos tratamentos, principalmente para os casos avançados, que são comuns nas regiões mais pobres”, disse.

O câncer de colo do útero é uma doença que atinge principalmente mulheres entre os 30 e 45 anos, com 1 a 8 anos de estudo e economicamente ativas, sendo muitas vezes arrimo de família. Pesquisa e estatística de gênero, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a Região Norte do país tem o maior número de lares sustentado por mulheres em todo o Brasil e mais de 40% são economicamente ativas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), serão 16.340 novos casos em 2016, um aumento de 4,8% na incidência (15.590 registrados em 2015). Estima-se ainda que mais de 5 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença, o que totaliza uma morte a cada 90 minutos. Por ser uma doença que não apresenta sintomas no seu estágio inicial, fase que é possível fazer o tratamento apenas com a cirurgia, o especialista demonstra preocupação nas fases mais agressivas. “Nos países em desenvolvimento ainda temos problemas de acesso aos tratamentos inovadores e que dão qualidade de vida para a paciente com câncer mais avançado e isso precisa ser prioritário para que as taxas de mortalidade diminuam”, afirma o especialista.Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, sob encomendada do laboratório Roche, apontou que ainda falta informação sobre a doença e a percepção das mulheres em relação a gravidade dos estágios mais agressivos. O levantamento mostra que 51% das mulheres não citaram o câncer de colo do útero ao serem indagadas sobre o tipo de cânceres que conhecem e 27% afirmaram que nunca realizaram ou não costumam realizar o exame de Papanicolau. Sobre exames de HPV ou colonoscopia, 78% das entrevistadas nunca fizeram rastreamentos. 
Tratamento - Estudo brasileiro de 2014, feito com mais de 51 mil mulheres, evidenciou que 20% das brasileiras com câncer de colo do útero apresentam resposta terapêutica inadequada as tecnologias utilizadas atualmente. Por isso, a Anvisa aprovou a indicação de um medicamento biológico já utilizado em outros países e recomendado com alto nível de evidência científica, o bevacizumabe, como a primeira terapia-alvo oferecida para o tratamento do câncer de colo do útero e o único avanço nos últimos 10 anos para tratar a doença em estágio grave.
Fonte: O Fluminense

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