Pular para o conteúdo principal

Entenda a menopausa precoce, condição que afeta 1% das mulheres, entre elas, Angélica

Angélica revelou que enfrenta a menopausa precoce há anos

A menopausa é uma fase pela qual quase todas as mulheres com 50 anos ou mais vão passar. Ela é caracterizada pelo fim da menstruação e ocorre porque os ovários deixam de produzir os hormônios femininos. No entanto, quando esse processo acontece antes dos 40 anos, ele é considerado precoce. Em entrevista recente a Patrícia Kogut, colunista do jornal O Globo, a apresentadora Angélica revelou que enfrenta a situação há alguns anos.

— Descobri que as pessoas não falam muito sobre esse período da mulher, e, quando falam, acham que é o fim. E não é. Eu acho importante a mulher saber que a vida pode ser maravilhosa depois da menopausa. A gente não tem que sofrer com isso — afirmou Angélica na entrevista.

A menopausa precoce é rara, afeta apenas 1% das mulheres. No entanto, aquelas com menos de 40 anos devem ficar atentas aos sintomas (veja no infográfico ao lado) para procurar um ginecologista ou um endocrinologista e iniciar rapidamente a reposição hormonal.

— Quando diagnosticamos que os ovários estão secretando pouco hormônio e que, por isso, a mulher está apresentando sintomas, podemos receitar hormônios para que ela volte a sua plenitude — afirma Amanda Athayde, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e professora da UFRJ.

A menopausa precoce pode ser causada por lesões nos ovários — como as ocasionadas em quimioterapias —, por doenças autoimunes, como lúpus, e por causa genética. O diagnóstico é feito através de exames de sangue que possam comprovar a diminuição dos hormônios femininos.

— Uma vez feito o diagnóstico, há uma indicação muito forte de tratamento com a reposição hormonal. A não ser quando há alguma contraindicação, como nos casos de mulheres que tiveram câncer de causa hormonal. Essas não devem fazer reposição — explica Ruth Clapauch, diretora do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da SBEM.
Fique atenta aos sintomas

Alteração menstrual

Um dos principais sinais da menopausa, seja pela precoce ou não, é a alteração no ciclo menstrual. A menstruação começa a ficar espaçada demais até não vir mais. Se a sua última menstruação aconteceu há pelo menos um ano (sem tomar nenhum tipo de anticoncepcional hormonal), você já está na menopausa

Ondas de calor

Outro sintoma bem comum são as ondas de calor, que normalmente aparecem à noite. A quentura começa de baixo para cima e geralmente vem acompanhada de palpitação cardíaca. A onda de calor pode ser de leve a intensa

Sudorese

Quando as ondas de calor surgem, é normal que a mulher comece a suar excessivamente. Esse sintoma desaparece minutos depois, porém, costuma causar muito desconforto para a mulher

Insônia

A queda nos níveis hormonais de estrogênio afeta diretamente a qualidade de sono da mulher, já que este hormônio está ligado à regulação do sono. Além disso, as ondas de calor e a sudorese podem aparecer durante a madrugada, atrapalhando a noite de sono, que pode ser interrompida

Alterações de humor

Os hormônios femininos estão muito associados ao humor. Quando eles caem drasticamente, como no período que antecede a menopausa ou durante ela, a mulher pode ficar mais irritada, ansiosa e com sintomas de depressão

Ressecamento

O nível mais baixo dos hormônios femininos, sinal da chegada da menopausa, causa o ressecamento da pele e também do canal vaginal, podendo provocar dores durante a relação sexual
Maior risco de problemas do coração

A menopausa precoce acelera o envelhecimento e é um fator de risco para doenças cardiovasculares. Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, revela que mulheres acometidas pela condição costumam exibir certas alterações nas células sanguíneas, que aumentam o risco de desenvolver doença arterial coronariana.

De acordo com Ruth, os hormônios femininos agem nas artérias favorecendo a produção de óxido nítrico, substância que impede o acúmulo de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos:

— Quando a mulher não está na menopausa, ela é protegida contra a aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias). Se, na menopausa, a mulher não faz a reposição hormonal, ela vai perdendo essa proteção.

Hormônios femininos também ajudam a controlar o colesterol e a glicose, diminuindo assim os riscos de outros problemas cardíacos e diabetes.

A menopausa sem tratamento também pode provocar problemas ósseos, como a osteoporose. Uma das funções dos hormônios femininos é fixar o cálcio adquirido pela alimentação nos ossos. Se a mulher não tem estrogênio, o cálcio é eliminado diretamente na urina, enfraquecendo os ossos.

— Quando a mulher está na menopausa e não tem o hormônio feminino, o cálcio dos ossos sai mais do que entra. Vai perdendo massa óssea pouco a pouco, cerca de 3% ao ano. É um processo que, com o decorrer dos anos, pode causar a osteoporose — alerta Ruth.

Mulheres que não podem fazer a reposição hormonal devem tratar separadamente cada uma das consequências da menopausa.

Comentários

Populares

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Janeiro Branco

 Saúde mental em foco aqui na Universidade com o Janeiro Branco. 💙 O movimento criado propositalmente no primeiro mês do ano amplia a perspectiva de discussão sobre saúde mental e reforça a necessidade de ações de prevenção, que estimulem a qualidade de vida de todos.  Aqui na UFF, diferentes ações institucionais corroboram com esse propósito. Confira: ▶ Projeto Gato em teto de zinco quente: voltado para as grandes dificuldades psíquicas apresentadas por estudantes e egressos da UFF, e, também, pelas crianças e jovens do COLUNI. Para marcação, ligar: 2629-2664 ou 998117129. Mais informações: subjetividadefeuff@gmail.com ▶ Projeto Saúde e Bem estar da UFF: disponibiliza escuta psicológica para servidores e estudantes. Saiba mais em (21) 96743-8502 ou sabegra.uff@gmail.com. Siga o perfil @sabegra.uff ▶ SPA da Escola de Psicologia: disponibiliza vagas para atendimento psicoterápico à comunidade de Niterói. Oferece também espaços de cuidado grupal com a Oficina Vivências Negras, somen

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

Destaque UFF

  Mais um projeto da UFF que vem para somar na cidade de Niterói. Com foco no turismo responsável, o Observatório do Turismo de Niterói (ObservaTur Niterói) busca monitorar a atividade turística da região visando à geração de empregos, implementação de políticas públicas e outros investimentos no setor.  O projeto, elaborado pela nossa Universidade em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), envolve docentes e estudantes de graduação e pós.  Como destaca o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a cidade sorriso tem um grande potencial turístico. ""A UFF está atuando junto ao município para cooperar neste processo de recuperação dos efeitos da pandemia, para que Niterói avance e se torne referência para todo o estado"". Leia a matéria completa do #DestaquesUFF  no link https://bit.ly/3FaRxBT