Pular para o conteúdo principal

Entenda como funciona o tratamento contra o câncer do útero, doença enfrentada por Françoise Forton


Françoise Forton foi a segunda eliminada no 'Super Chef'


A atriz Françoise Forton morreu neste domingo (16), em decorrência de um câncer. Não foi a primeira vez que a atriz enfrentou um tumor. Em 1989, ela foi diagnosticada com câncer de colo de útero. Mesmo depois de curada, ela guardou segredo da doença durante dez anos. Em entrevistas, ela disse que resolveu quebrar o silêncio sobre o tratamento para alertar sobre a necessidade de prevenção.

Quando Forton foi diagnosticada, ela tinha apenas 33 anos e nenhum histórico de câncer na família. Ela só foi salva porque, ao tirar o DIU (dispositivo intrauterino para evitar a gravidez), resolveu pedir ao seu médico uma citologia pelo método de Papanicolaou — um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero.


— Eu fazia mais ou menos uma vez por ano, às vezes dava mais espaço. Na verdade, não tinha tanta preocupação com isso, porque nunca senti nada, nem dor, nem nenhum sintoma estranho, nada mesmo. Confesso que dei uma esquecida. Eu ia fazer uma novela, mas antes resolvi tirar o DIU e me deu vontade de pedir para fazer um Papanicolaou — contou ela em uma entrevista de 2016.

O Instituto Nacional de Câncer e o Ministério da Saúde recomendam que todas as pessoas com útero colham o seu primeiro exame preventivo aos 25 anos de idade.

— O exame é de coleta rápida e indolor, durante o exame ginecológico, e quando não mostra alterações, pode ser repetido a cada três anos — explica o cirurgião oncológico Gustavo Iglesias. — Importante lembrar que essa recomendação vale para pacientes que se encontram assintomáticas. Pacientes que apresentam sintomas devem procurar atenção médica, independente da sua idade ou do tempo decorrido do último exame.

Após ser diagnosticada, Forton passou seis meses fazendo sessões de quimioterapia e radioterapia, em que ela não sofreu de queda de cabelos, mas precisou fazer intervenção com césio, o que ela considerava uma das piores lembranças.

— Muito difícil. Colocavam um aparelho dentro de mim, e eu não podia me mexer. Foi uma semana terrível. Chegou uma hora em que eu queria parar de qualquer jeito, e uma medicação para dormir foi a solução encontrada para concluir a terapia — disse a atriz.

Desde então, grandes avanços ocorreram no tratamento dessa doença, segundo Gustavo Yglesias.

— Tanto a cirurgia quanto a radioterapia e a quimioterapia hoje são menos agressivas e mais precisas do que há 30 anos — diz o cirurgião. — Quando a doença é diagnosticada em seus estádios iniciais, pode ser tratada exclusivamente com cirurgia. Em casos muito selecionados, pode até mesmo se retirar apenas o colo do útero, visando preservar a fertilidade da paciente. Casos avançados são mais frequentemente tratados com radioterapia e quimioterapia.

Após o tratamento, ela venceu o câncer e, aos 38 anos, precisou retirar o útero, ovários e trompas, como prevenção para reincidência da doença. Mesmo em após a cirurgia, após a cirugia, o câncer pode invadir outras estruturas e órgãos.

— Às vezes, quando uma paciente é submetida à cirurgia, a doença já ganhou outros órgãos fora do campo cirúrgico, mas os depósitos de doença são microscópicos e não são passíveis de serem detectados por métodos clínicos ou exames convencionais — explica Yglesias. — Quando identificamos um caso em que essa disseminação oculta é provável, dizemos tratar-se de um caso de “alto risco” e indicamos o que chamamos de tratamento adjuvante. Associamos outras modalidades de tratamento, como radioterapia e quimioterapia, ao tratamento cirúrgico, para maximizar as chances de controlar a doença.

Comentários

Populares

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

Curso de Eletrocardiograma

Com o Professor Ademir Batista da Cunha Local : Centro de Convenções do Barra Shopping - Avenidas das Américas, 4666 - 3º piso - Barras da Tijuca - Rio de Janeiro Início : 22/11/2011 Término : 17/01/2012 Aulas às terças-feiras das 18h às 21h Inscrições e informações Rua Figueiredo Magalhães, 219/401 - Copacabana Telfax : 2256-5191 / 2235-0856 Cel.: 9246-6514 / 92385775 E-mail: ecgtotal1989@gmail.com

Destaque UFF

  Mais um projeto da UFF que vem para somar na cidade de Niterói. Com foco no turismo responsável, o Observatório do Turismo de Niterói (ObservaTur Niterói) busca monitorar a atividade turística da região visando à geração de empregos, implementação de políticas públicas e outros investimentos no setor.  O projeto, elaborado pela nossa Universidade em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), envolve docentes e estudantes de graduação e pós.  Como destaca o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a cidade sorriso tem um grande potencial turístico. ""A UFF está atuando junto ao município para cooperar neste processo de recuperação dos efeitos da pandemia, para que Niterói avance e se torne referência para todo o estado"". Leia a matéria completa do #DestaquesUFF  no link https://bit.ly/3FaRxBT

Planos de saúde serão obrigados a cobrir implante anticoncepcional; entenda

  Os planos de saúde serão obrigados a cobrir a oferta do implante contraceptivo Implanon, da empresa Organon, para mulheres de 18 a 49 anos a partir de 1º de setembro no Brasil. A medida foi aprovada em reunião da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no último dia 8. A legislação brasileira determina que tecnologias incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser incluídas no rol das operadoras de saúde dentro de um prazo de até 60 dias. No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou a oferta do Implanon na rede pública após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A expectativa do ministério é, até 2026, distribuir 1,8 milhão de implantes por meio do SUS, 500 mil apenas neste ano. O produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, e o investimento do governo será de aproximadamente R$ 245 milhões. O Implanon é um implante subdérmico indicado para prevenir a gravidez indesejada. É um pequeno bastão de ...