O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d’Ávila,
defendeu nesta terça-feira, que o governo passe a investir na abertura
de mais vagas em residência médica e não na ampliação de escolas e
cursos de medicina. “Há uma falsa polêmica entre quantidade e qualidade.
A preocupação, mais que o número, é a qualidade do ensino”, avaliou.
Em junho, o Ministério da Educação anunciou o Plano de Expansão da
Educação em Saúde, voltado para regiões consideradas prioritárias, que
prevê o aumento em 10% do número de vagas existentes em cursos de
medicina. Atualmente, o país conta com uma média de 1,9 médico para cada
mil habitantes. O governo defende que o índice ideal seria 2,5. O
presidente do CFM lembrou que algumas localidades como o Distrito
Federal chegam a registrar médias superiores a 6 médicos para cada mil
habitantes, mas não oferecem boa assistência à população.
“Há uma percepção popular de que falta médico no país. Não é verdade.
Faltam médicos no serviço público, onde não há carreira, estímulos,
progressão. Os médicos trabalham em condições adversas, sem material”,
disse. “Ninguém quer trabalhar nessas condições”, completou.
Sobre a abertura de instituições para o ensino da medicina, d’Ávila
destacou que a maioria das novas escolas não tem corpo docente ou
estrutura para aulas práticas. “O que precisamos é de médicos bons e bem
formados”, avaliou.
Fonte: O Fluminense
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