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Especialistas comentam sobre o tabú da ida ao urologista

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) concluiu que entre cinco mil homens, 44% dos entrevistados nunca foram a uma consulta com um urologista nem fazem exames preventivos. O levantamento também mostrou que eles sequer têm conhecimento sobre a própria saúde e, na maioria das vezes, não procuram um médico por receio. 
“O homem, por vezes, é mais resistente para cuidar da saúde. A consulta com o urologista ainda tem um preconceito, pelo próprio exame de próstata, e pelo medo de descobrir alguma doença grave, incurável e letal”, analisa o urologista Eduardo Bertero.
A pesquisa mostra, também, que 47% dos homens nunca fizeram exames para detectar o câncer de próstata e que apenas 23% fazem o exame anualmente. “A procura pelo urologista foi impulsionada pelas inúmeras campanhas de prevenção ao câncer de próstata, mesmo assim, muitos homens ainda sentem-se envergonhados e até humilhados ao se submeterem ao exame de toque retal”, completa Bertero.
O câncer de próstata deveria ser o principal inimigo do homem: a doença mata um homem a cada 15 minutos no Brasil. Mas não parece ser uma grande preocupação. Um dos aspectos que mais leva o homem a procurar um especialista é a sexualidade. As dúvidas relacionadas ao sexo são as mais frequentes nos consultórios. “As principais dúvidas giram em torno de assuntos como o controle da ejaculação e doenças sexualmente transmissíveis. Há, também, grande interesse sobre o ritmo sexual e a frequência das relações. Geralmente, o homem está muito preocupado com o seu desempenho para agradar a parceira”, comenta o especialista.
A partir dos 40 anos, as preocupações são outras e se iniciam as queixas relacionadas à falta e à duração da ereção, à queda de libido e falta de desejo sexual, começando também a busca por medicamentos que possam ajudar a amenizar esses problemas. 
“Os homens encaram muito mal a queda de libido e o próprio desinteresse sexual. Muitas vezes, a causa é emocional, motivada por um relacionamento que passa por uma fase ruim. O homem moderno, mais focado no trabalho e estressado com o dia a dia, também tende a apresentar essas características”, afirma Bertero.
Para o urologista, a maioria dos problemas relacionados à sexualidade masculina poderiam ser evitados se o homem se preocupasse menos com a atuação durante a relação. “Se ele soubesse controlar melhor seus problemas emocionais, conseguiria uma vida sexual muito mais sadia”, fala. 
Entretanto, Bertero lembra dos cuidados que os homens devem ter com exames de rotina, como os de sangue, próstata e testes de níveis de testosterona, que também são importantes para detectar outras causas para a disfunção erétil e a diminuição da libido.
O urologista Renato Santos enfatiza que, normalmente, o homem precisa manter consultas regulares ao urologista a partir dos 50 anos. Já é recomendado também que seja feito o exame uma vez ao ano. Dependendo do histórico médico familiar do paciente, pode ser que a frequência e a idade para o exame seja diferente. 
“Quando o homem completa 40 anos, caso tenha o registro de algum caso de câncer de próstata na família, é recomendado que se antecipe a ida ao urologista. O importante é se estabelecer a cultura de se marcar consultas uma vez por ano com o urologista”, orienta Santos.
O especialista faz questão de reforçar uma orientação que considera fundamental nesses casos: “Se a pessoa apresenta algum problema (como a dificuldade em urinar, por exemplo), acredita-se que já haja algum tratamento/acompanhamento médico. O ideal é orientar a pessoa a perguntar ao médico a necessidade ou não de exames, além é claro, de cuidar do problema existente”.
A ida ao urologista, de acordo com Santos, corresponde a uma forma de prevenção da doença. “Não é conhecido nenhum método que previna o aparecimento do tumor na próstata. É possível, sim, fazer um diagnóstico precoce e tratá-lo, até curá-lo em alguns casos”, conclui Bertero. 

Fonte: O Fluminense

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