Fotos do ex-jogador Romário publicadas na internet chamaram a atenção. Será que o baixinho está doente? Não está. O motivo do emagrecimento tão brusco é uma cirurgia bariátrica para auxiliar o controle da diabetes.
Para entender melhor o procedimento e saber porque ele é tão polêmico, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o consultor do programa Dr. Fábio Atuí, cirurgião do aparelho digestivo, e o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, Dr. Caetano Marchesini.
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As cirurgias bariátricas mais realizadas no mundo são a gastrectomia vertical e a bypass gástrico. Todas elas apresentam resultados metabólicos, melhoram a diabetes, contribuem com a baixa da hipertensão, além da perda de peso.
Inúmeras publicações científicas demonstram os resultados da cirurgia gastrointestinal no tratamento da diabetes do tipo 2, não-controlada. Sabe-se que um número considerável de pacientes com diabetes tipo 2, mesmo com o melhor tratamento clínico, não têm sua doença controlada. Esses dados estão publicados na revista da Sociedade Americana de Diabetes (ADA) desde maio de 2016, juntamente com outras importantes comunicações científicas, que respaldam o papel da cirurgia no tratamento da diabetes.
Gastrectomia vertical – Consagrada no Brasil e a mais realizada nos EUA. Consiste em tirar um pedaço do estômago e deixá-lo tubular, ligado ao intestino.
Bypass – É a mais feita no Brasil e tem um efeito metabólico mais duradouro. É considerada padrão-ouro para síndrome metabólica.
Interposição ileal (a que Romário fez) – Uma parte do intestino é cortada e transferida. A técnica é considerada experimental, tecnicamente complexa e pode trazer complicações. Para ser aprovada, ela precisa ser tecnicamente precisa e se mostrar viável, com baixo risco para o paciente. O procedimento não é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina.
Segundo o CFM, existem estudos em andamento para validá-la, porém, até lá, essa opção não deve ser considerada terapêutica.
Fonte: G1
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