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Suspeita de ‘mal da vaca louca’ em Niterói



Quatro pacientes com diagnóstico da Doença de Creutzfeldt–Jakob (DCJ), que tem uma variação chamada de “mal da vaca louca”, estão internados em diferentes hospitais da rede particular de Niterói. De acordo com a Coordenação de Vigilância em Saúde de Niterói, três deles foram notificados no final do ano passado e um neste início de ano. Os casos estão sendo monitorados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), que até o momento não confirma nenhuma morte. Em nota a Prefeitura de Niterói afirma que “não há até o momento evidências da relação desses casos suspeitos com o consumo de carne bovina”. 
Para médico neurologista Marcus Tulius, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apesar dos sintomas serem os da Creutzfeldt–Jakob (DCJ), não há evidências de que seja a variação transmitida pelo consumo de carne infectada. Ou seja, não motivo para a população da cidade se preocupar ou deixar de participar de churrascos, por exemplo.
“É importante dizer que o que se chama de doença da vaca louca é a variante da doença de Creustzfeldt-Jakob (DCJ). Esta variante pode ser adquirida através da ingestão de carne contaminada com o príon, a partícula proteica que causa a doença e que causa as alterações no encéfalo que resultam nas lesões irreversíveis. Não há em nosso meio evidências de que a carne bovina está contaminada. Não há risco portanto. O sistema de vigilância sanitária brasileiro é bem rigoroso”, explica. 
Já a doença de Creustzfeldt-Jakob é uma doença humana, com média de 1 a 2 casos por milhão de habitantes, prossegue o especialista.
 “É doença letal, que causa uma demência de rápida evolução. Há raros casos hereditários, mas a maioria é dita esporádica. Ela também pode ser transmitida para outras pessoas caso partículas do sistema nervoso sejam inoculadas em outra pessoa. Isto porque a partícula priônica (o príon) é transmissível e infectiva. Isto pode ocorrer por exemplo em material cirúrgico utilizado em neurocirurgia não esterilizado adequadamente. Assim, quando um caso suspeito de DCJ é operado, o material deve ser descartado”. 
Ainda segundo o neurologista, não há tratamento ou cura. Os pacientes evoluem ao óbito em poucos meses após o diagnóstico. O diagnóstico é feito através de Exame neurológico, ressonância do crânio e análise do liquor. A biópsia cerebral pode também. Ser usada, mas quase não é necessária.
“É doença de rápida evolução. Média de 4 a 6 Meses de sobrevida geralmente”, completa.
Os primeiros casos do “mal da vaca louca” surgiram em 1996 no Reino Unido e diferentemente da forma tradicional (DCJ), essa variação acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos. Diversos exames ajudam no diagnóstico de um caso suspeito para DCJ ou DCJ. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de um caso suspeito da doença se baseia nas análises dos exames, sinais e sintomas e história epidemiológica do paciente. Sendo assim, ela pode ser definida como possível, provável e definitiva, mas a confirmação final só pode ser feita através da necropsia com a análise neuropatológica de fragmentos do cérebro. 
Colaboraram: Pamella Souza e Lislane Rottas
Fonte: O Fluminense

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