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Volta às aulas: os problemas oftalmológicos que os pais devem prestar atenção

Voltar às aulas pode ser um desafio. Reajustar o relógio biológico, acostumar-se à nova rotina, esquecer as férias. Mas retornar ao ambiente escolar é também uma oportunidade para colocar a saúde em dia — a dos olhos, principalmente. Oftalmologistas lembram que é o momento de atualizar os exames e se prevenir contra doenças infecciosas, como a conjuntivite.

— É comum, no verão e na volta às aulas, a epidemia de conjuntivite. A criança fica com olhos vermelhos e coçando, sem secreção, com as pálpebras inchadas. Diante disso, além de não coçar, deve-se manter a higiene: lavar bem as mãos e olhos. Se identificar esses sintomas, deve-se consultar um oftalmologista para que examine e trate da melhor forma — diz Milton Ruiz, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Para que a conjuntivite não seja transmitida aos coleguinhas, pode ser necessário o afastamento do colégio até que o problema passe.

Já com relação à dificuldade de enxergar, o oftalmologista André Cechinel afirma que manter os exames em dia é fundamental para o desenvolvimento escolar.

— A criança pode não saber que tem dificuldade de enxergar porque não tem referência. Quem não enxerga bem não consegue ficar atento e ter o aproveitamento devido no colégio — ressalta o médico.

Aprendizado e visão devem andar juntos

Chegar mais perto do quadro negro para conseguir ler, franzir a testa ao olhar para os livros e demonstrar falta de interesse nos estudos podem ser sinais de vícios de refração.

Os mais comuns entre as crianças são miopia e astigmatismo ou os dois juntos. Essas condições atrapalham a visão à distância. Outro problema recorrente é a hipermetropia. Assim como os problemas citados antes, pode ser corrigida com o uso de óculos.

— É comum os pais chegarem ao consultório achando que o filho tem deficit de atenção por não conseguir se concentrar nas aulas. Assim, eles estão pulando uma etapa. A criança pode ter dificuldade de enxergar. Por isso, é tão importante que, principalmente nesta fase escolar, se faça, pelo menos uma vez por ano, o exame no consultório — pontua o oftalmologista André Cechinel.


Fonte: Jornal Extra


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