Pular para o conteúdo principal

UFF de Oriximiná integra projeto regional de combate à pandemia



UFF de Oriximiná integra projeto regional de combate à pandemia



A COVID-19 pode afetar os brasileiros de diferentes maneiras, de acordo com determinados indicativos; por exemplo, a região onde vivem. O país estava despreparado para enfrentar uma pandemia e mais ainda para promover assistência às parcelas vulneráveis da população, considerando que são as que mais necessitam de serviços públicos de saúde e, por isso, as que correm maior risco. Com foco nessa realidade, o Campus Avançado da Região da Região Amazônica da Universidade Federal Fluminense (UFF) que fica em Oriximiná, cidade situada no oeste do Estado do Pará, está participando desde março do projeto “Pela Vida de Trombetas”, para promover ações conjuntas de prevenção e combate à doença no município e região.
Além da UFF, participam da iniciativa instituições como o Ministério Público Federal (MPF) do Estado do Pará, a Mineração Rio do Norte (MRN), que está instalada no território da cidade, e as associações ligadas a povos tradicionais e originários da região. A equipe se reúne semanalmente por videoconferência para discutir problemas e consequências trazidos pela pandemia às comunidades rurais, quilombolas, ribeirinhas e indígenas.
Existem duas frentes de trabalho propostas pelo projeto. A primeira é a de prevenção através da elaboração de campanhas de orientação de combate ao coronavírus. Essa divulgação é feita em conjunto com as comunidades, buscando sempre uma linguagem que alcance as populações regionais e contando com a participação de seus líderes e principais personagens regionais como base. Na segunda linha de ação, existe o apoio e a promoção à saúde.
Esse é um passo para o avanço no protagonismo dessas populações em se autodeterminar e propor as políticas que chegarão em seus territórios - Lilian Braga
Os integrantes do “Pela Vida de Trombetas” também promovem um debate democrático entre as comunidades locais, a esfera pública e a privada. Marcelino Conti, diretor da unidade da UFF de Oriximiná, explica que o grupo discute e constrói soluções reais, de maneira horizontal, que possam ser implementadas para todos os envolvidos. "O projeto coloca na mesma mesa os quilombolas, ribeirinhos, indígenas, a direção da mineradora instalada no local e o ministério público. Está sendo gerado um círculo restaurador, onde os membros das comunidades podem falar e serem ouvidos. Nesse processo, a UFF tem um importante papel mediador na construção dessa nova relação mais simétrica e plural entre as populações que ocupam o território da região".
Claudinete Colé, presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Oriximiná (ARQMO), explica que a instituição tem a responsabilidade de baixar resoluções e decretos capazes de viabilizar o isolamento social nas comunidades quilombolas. O intuito é impedir o alastramento do vírus e os danos que podem ocorrer em razão do esgotamento nas condições de resposta à pandemia em termos de infraestrutura de saúde da região. A associação atua também nas campanhas preventivas e no controle do fluxo de embarcações nos territórios e distribuição de cestas básicas.
Já a Mineração Rio do Norte (MRN) participa do projeto financiando itens de primeira necessidade para as famílias das comunidades. O diretor de sustentabilidade da empresa Vladimir Senra Moreira relata que a mineradora doou EPIS, kits de testes rápidos para COVID-19, luvas, além de materiais de limpeza. “Esses equipamentos colaboram para que a rede pública de saúde amplie o atendimento à população”, ressalta.
"Os desafios ainda são grandes, pois é um momento novo e delicado. Contudo, com esse esforço conjunto de todos participarem, entendendo a sua responsabilidade, podemos superar esses obstáculos. O sentimento de pertencimento criado no grupo ‘Pela Vida no Trombetas’ é uma experiência inovadora e colaborativa de aprendizado para todos os seus membros", declara Moreira.
Por fim, para a promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, Lilian Braga, os maiores responsáveis pelo projeto são os próprios membros das comunidades locais. "São eles que cobram que os encontros aconteçam, que indicam pessoas para o debate e que trazem as pautas. Esse movimento é muito relevante para a memória desses povos tradicionais, que estava se perdendo. Esse é um passo para o avanço no protagonismo dessas populações em se autodeterminar e propor as políticas que chegarão em seus territórios", conclui.

Comentários

Populares

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

Curso de Eletrocardiograma

Com o Professor Ademir Batista da Cunha Local : Centro de Convenções do Barra Shopping - Avenidas das Américas, 4666 - 3º piso - Barras da Tijuca - Rio de Janeiro Início : 22/11/2011 Término : 17/01/2012 Aulas às terças-feiras das 18h às 21h Inscrições e informações Rua Figueiredo Magalhães, 219/401 - Copacabana Telfax : 2256-5191 / 2235-0856 Cel.: 9246-6514 / 92385775 E-mail: ecgtotal1989@gmail.com

Planos de saúde serão obrigados a cobrir implante anticoncepcional; entenda

  Os planos de saúde serão obrigados a cobrir a oferta do implante contraceptivo Implanon, da empresa Organon, para mulheres de 18 a 49 anos a partir de 1º de setembro no Brasil. A medida foi aprovada em reunião da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no último dia 8. A legislação brasileira determina que tecnologias incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser incluídas no rol das operadoras de saúde dentro de um prazo de até 60 dias. No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou a oferta do Implanon na rede pública após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A expectativa do ministério é, até 2026, distribuir 1,8 milhão de implantes por meio do SUS, 500 mil apenas neste ano. O produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, e o investimento do governo será de aproximadamente R$ 245 milhões. O Implanon é um implante subdérmico indicado para prevenir a gravidez indesejada. É um pequeno bastão de ...

Destaque UFF

  Mais um projeto da UFF que vem para somar na cidade de Niterói. Com foco no turismo responsável, o Observatório do Turismo de Niterói (ObservaTur Niterói) busca monitorar a atividade turística da região visando à geração de empregos, implementação de políticas públicas e outros investimentos no setor.  O projeto, elaborado pela nossa Universidade em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), envolve docentes e estudantes de graduação e pós.  Como destaca o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a cidade sorriso tem um grande potencial turístico. ""A UFF está atuando junto ao município para cooperar neste processo de recuperação dos efeitos da pandemia, para que Niterói avance e se torne referência para todo o estado"". Leia a matéria completa do #DestaquesUFF  no link https://bit.ly/3FaRxBT