Pular para o conteúdo principal

Vacina para chikungunya mantém proteção após um ano e aval será solicitado nos EUA ainda neste ano


Profissional de Saúde retira uma dose do frasco de vacina.
A vacina para chikungunya desenvolvida pelo laboratório francês Valneva em parceria com o Instituto Butantan manteve os níveis de anticorpos para a doença um ano após a aplicação, anunciou a farmacêutica nesta segunda-feira.

Os dados somam-se a outros de fase 3, última etapa dos estudos clínicos, já divulgados pela empresa, que deve completar o pedido para aprovação pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, ainda neste ano. Caso receba o sinal verde, o imunizante em dose única será o primeiro no mundo para a prevenção da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.

Em 2021, no Brasil, foram cerca de 96 mil casos de chikungunya, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de a mortalidade ser baixa, com menos de 50 registros no ano, o vírus provoca dores intensas no corpo. Além disso, em mais de 50% dos casos a dor nas articulações (artralgia) se torna crônica, podendo persistir por anos.

Para induzir a produção das defesas e evitar o quadro, a nova vacina, chamada VLA1553, utiliza o vírus atenuado, ou seja, enfraquecido. Com isso, ele não consegue se replicar e infectar o organismo, mas é suficiente para que o sistema imunológico o reconheça e crie anticorpos e células de defesa para eventualmente combatê-lo.

Em Janeiro de 2021, a Valneva firmou uma parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, que contempla o desenvolvimento, a fabricação e a venda do imunizante. Isso possibilita que a vacina, caso se mostre eficaz e venha a receber um aval da Anvisa, seja produzida e aplicada também no Brasil.

Em março, os primeiros dados dos testes de fase 3, conduzidos com 4.115 participantes acima de 18 anos em 44 centros de pesquisa nos EUA, mostraram que a dose é segura e levou 98,9% dos indivíduos a atingirem níveis altos de produção de anticorpos um mês após a aplicação – taxa bem acima dos 70% necessários pela FDA.

Durante o acompanhamento, os pesquisadores constataram que, seis meses depois da vacinação, 96% desses participantes ainda mantiveram níveis altos de anticorpos neutralizantes. Agora, os novos resultados mostraram que após mais seis meses, completando um ano da aplicação, essa proteção continuou alta para 99% dos indivíduos. O desempenho foi semelhante entre voluntários mais jovens e com mais de 65 anos.

“Estamos entusiasmados com esses dados de 12 meses, que estão de acordo com o que vimos em nossa leitura anterior no sexto mês e fortalecem as possibilidades de induzir uma resposta duradoura de anticorpos com nossa vacina candidata contra chikungunya. Estamos ansiosos para concluir a apresentação do pedido à FDA e, potencialmente, para mudar a vida das pessoas. Se nossa vacina experimental for aprovada, estamos confiantes de que ela pode ajudar a enfrentar essa grande, crescente e não atendida ameaça à saúde pública”, disse o diretor médico da Valneva, Juan Carlos Jaramillo, em comunicado.

Além do monitoramento desse grupo durante um período de cinco anos, o imunizante será avaliado ainda entre adolescentes de 12 a 17 anos. Essa etapa dos estudos será conduzida no Brasil, pelo Instituto Butantan. São 10 centros de pesquisa espalhados pelo país, e a expectativa é de que sejam recrutados 750 participantes.

Comentários

Populares

UFF Responder: Dengue

 🦟 A elevação do número de casos de dengue no Brasil tem sido motivo de preocupação no âmbito da saúde pública. Entretanto, com a campanha de vacinação, a esperança é que a população esteja imunizada e que a mortalidade caia.  🤔 Para esclarecer as principais dúvidas acerca da dengue, conversamos com a professora Cláudia Lamarca Vitral, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF. 💬 A docente aborda temas como as razões para o aumento dos casos, as diferenças entre os sorotipos do vírus, sintomas, infecções simultâneas e as principais medidas no combate à proliferação da doença. Além disso, também elucida questões sobre a tão esperada vacina. Leia a matéria completa pelo link: https://bit.ly/3SuOZXV #UFFResponde

Janeiro Branco

 Saúde mental em foco aqui na Universidade com o Janeiro Branco. 💙 O movimento criado propositalmente no primeiro mês do ano amplia a perspectiva de discussão sobre saúde mental e reforça a necessidade de ações de prevenção, que estimulem a qualidade de vida de todos.  Aqui na UFF, diferentes ações institucionais corroboram com esse propósito. Confira: ▶ Projeto Gato em teto de zinco quente: voltado para as grandes dificuldades psíquicas apresentadas por estudantes e egressos da UFF, e, também, pelas crianças e jovens do COLUNI. Para marcação, ligar: 2629-2664 ou 998117129. Mais informações: subjetividadefeuff@gmail.com ▶ Projeto Saúde e Bem estar da UFF: disponibiliza escuta psicológica para servidores e estudantes. Saiba mais em (21) 96743-8502 ou sabegra.uff@gmail.com. Siga o perfil @sabegra.uff ▶ SPA da Escola de Psicologia: disponibiliza vagas para atendimento psicoterápico à comunidade de Niterói. Oferece também espaços de cuidado grupal com a Oficina Vivências Negras, somen

Normas Vancouver curiosidades

Normas Vancouver: dia de um manual muito explicativo Como referenciar e citar seguindo o estilo Vancouver. Elaborado pela professora Jeorgina Getil( Fiocruz), o manual é muito explicativo e vai te ajudar nos trabalhos acadêmicos. Este guia baseia-se nas recomendações das “Normas de Vancouver” - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical Journal Editors Vancouver Group (www.icmje.org), documento adotado pela grande maioria das revistas científicas nacionais e internacionais da área. ( GENTIL, 208) Fonte: http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

Destaque UFF

  Mais um projeto da UFF que vem para somar na cidade de Niterói. Com foco no turismo responsável, o Observatório do Turismo de Niterói (ObservaTur Niterói) busca monitorar a atividade turística da região visando à geração de empregos, implementação de políticas públicas e outros investimentos no setor.  O projeto, elaborado pela nossa Universidade em parceria com a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), envolve docentes e estudantes de graduação e pós.  Como destaca o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a cidade sorriso tem um grande potencial turístico. ""A UFF está atuando junto ao município para cooperar neste processo de recuperação dos efeitos da pandemia, para que Niterói avance e se torne referência para todo o estado"". Leia a matéria completa do #DestaquesUFF  no link https://bit.ly/3FaRxBT