Pular para o conteúdo principal

Apendicite: os sintomas da doença que afeta mais os jovens

 Apendicite

A apendicite aguda é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão que mede entre 7 e 11 centímetros e fica na extensão do intestino grosso. Para evitar que a infecção leve ao rompimento do órgão, o que pode ocasionar quadros graves de infecção generalizada, o tratamento é a retirada imediata do apêndice. Por isso, a inflamação é uma das indicações mais comuns de cirurgia abdominal e de emergência no mundo. O principal sintoma é dor abdominal.

Quais são os sintomas da apendicite?

O principal sintoma da apendicite é uma dor abdominal que pode ter início na região próxima ao estômago, ou do umbigo, e depois migrar para a área conhecida como fossa ilíaca direita, que fica na parte inferior direita do abdômen.

Entre os sintomas mais frequentes relacionados à apendicite, estão:

  • Dor abdominal;
  • Febre baixa, entre 37,5º e 38º;
  • Falta de apetite;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Rigidez e inchaço abdominal;
  • Prisão de ventre.
No caso das mulheres, os sintomas podem ser mais difíceis de serem percebidos por se assemelharem a inflamações no ovário. A principal faixa etária acometida pela infecção é entre os 10 e os 30 anos.

Como é feito o diagnóstico da apendicite?

Ao serem detectados os sintomas, é recomendado procurar por uma emergência o mais rápido possível para que o diagnóstico possa ser feito, explica o professor do departamento de cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Paulo Kassab:

"O indivíduo com esses sintomas deve imediatamente procurar um médico que solicitará os exames adequados. Hoje em dia, a tomografia computadorizada é o exame com maior precisão para fazer o diagnóstico", diz.

O coordenador do programa de residência médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Ricardo Cotta, ressalta que, em caso de sintomas, é importante que o paciente não se automedique, pois, além de oferecer um risco à sua saúde, pode esconder os sinais da infecção.

"É muito importante que o paciente não tome remédios por conta própria nessa hora, no máximo um analgésico para aliviar a dor. Qualquer outro remédio que não seja prescrito por um médico pode mascarar um caso de apendicite e dificultar o seu diagnóstico", afirma Cotta.

Ele lembra que, caso a cirurgia de remoção do apêndice inflamado não seja feita, o paciente pode ter seu órgão rompido e desenvolver um quadro mais grave de peritonite — que é a inflamação da membrana que reveste a parede abdominal — e chegar a uma infecção generalizada do corpo. Ambos os casos aumentam as chances de levar o paciente a óbito.

O que causa a apendicite?

A apendicite é causada por uma obstrução do apêndice, o que impede o seu esvaziamento. Na grande maioria das vezes, esse impedimento é causado por restos de fezes, mas também, de maneira mais rara, pode resultar de hiperplasia linfoide, tumores, parasitas, corpo estranho ou aderências, ou até mesmo por caroços de frutas.

"As fezes paradas no apêndice propiciam a proliferação de microrganismos como bactérias que, então, invadem a parede do apêndice e causam a inflamação", explica Cotta.

No entanto, os especialistas explicam que não há uma causa definida para o que leva à obstrução do órgão em primeiro lugar e, por isso, a apendicite não pode ser ligada diretamente a hábitos alimentares, por exemplo.

Como é o tratamento da apendicite?

O tratamento da apendicite aguda é cirúrgico em quase todos os casos. O procedimento consiste na remoção do apêndice, lavagem da cavidade e drenagem de resíduos.

Especialistas reforçam que, além deste ser o único tratamento reconhecido, ele deve ser realizado o quanto antes para evitar o rompimento do órgão. Essa ruptura pode levar a uma infecção generalizada que oferece sérios riscos para a saúde do paciente.

Como prevenir a apendicite?

Assim como não há uma causa comprovada para a obstrução do apêndice — o que gera a apendicite — não há uma maneira conhecida de evitá-la.

"Não existe tratamento preventivo e a prevalência da doença durante a vida é de aproximadamente 8,7% para os homens e 6,9% para mulheres", acrescenta Paula Chaves, gastroenterologista no Centro de Endoscopia Digestiva & Day Clinic.


Comentários

Populares

Curso de Eletrocardiograma

Com o Professor Ademir Batista da Cunha Local : Centro de Convenções do Barra Shopping - Avenidas das Américas, 4666 - 3º piso - Barras da Tijuca - Rio de Janeiro Início : 22/11/2011 Término : 17/01/2012 Aulas às terças-feiras das 18h às 21h Inscrições e informações Rua Figueiredo Magalhães, 219/401 - Copacabana Telfax : 2256-5191 / 2235-0856 Cel.: 9246-6514 / 92385775 E-mail: ecgtotal1989@gmail.com

NBR 6028:2021 atualizada

 

Fale com a Biblioteca

📝 Olá! Queremos saber como tem sido a sua experiência com as bibliotecas da UFF até agora.  . 👨‍💻Estamos empenhados em melhorar nossos serviços virtuais. Para isso, a Coordenação de Bibliotecas da Superintendência de Documentação da Universidade Federal Fluminense desenvolveu um formulário on-line para mapear as necessidades da nossa comunidade acadêmica. . 📝Preencha o formulário e nos ajude a oferecer serviços melhores para vocês. São apenas 15 perguntas rápidas. Vamos lá? . 🔎Onde responder? Em https://forms.gle/jmMv854ZrikiyRs29 (link clicável na Bio) . 🔺Quem deve responder? Alunos, técnicos-administrativos e professores da UFF, ex-aluno da UFF, alunos, professores e técnicos de outras instituições que utilizam as bibliotecas da UFF. . 👩‍💻Apesar de estarmos fechados para os serviços presenciais, estamos atendendo on-line pelo DM ou e-mail. . #UFF #SDC #BFM #gtmidiassociaisuff #bibliotecasuff #uffoficial  

21/05 - Endnote online

Dando continuidade ao Ciclo de Treinamentos Virtuais da Biblioteca de Manguinhos, seguimos com uma capacitação em Endnote Online, em parceria com a Clarivate. O Endnote é permite o armazenamento e a organização de referências obtidas nas buscas em bases de dados e inclusão de referências de forma manual. Permite a inclusão automática de citações e referências quando da elaboração do texto, e mudança para diversos estilos de normalização. Ela auxilia pesquisadores, docentes e alunos na elaboração de seus trabalhos científicos.  📅 Dia 21/05/2021 ⏰ Horário: das 14h às 16h 🙋‍♀️ Trainner: Deborah Assis Dias (Clarivate) ✅ Link de inscrição: http://bit.ly/treinamentoendnote

UFF Responde: Sífilis

  Outubro é marcado pela campanha nacional Outubro Verde, que visa combater a sífilis e a sífilis congênita no território brasileiro. Segundo o Boletim Epidemiológico sobre a doença, divulgado pelo Ministério da Saúde, revelou que, entre 2021 e 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis cresceu 23%, enquanto a detecção em gestantes aumentou 15%. O aumento dos casos gera preocupação entre os especialistas. Neste UFF Responde, convidamos a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (ISC/UFF), Sandra Costa Fonseca, para esclarecer detalhes sobre a doença, meios de prevenção e de tratamento. O que é Sífilis? Como podemos identificar os sintomas? Sandra Costa Fonseca:   A sífilis é uma infecção sistêmica de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão é predominantemente sexual e em gestantes pode ocorrer a transmissão vertical para o feto (sífilis congênita). Quando não tratada, progride ao longo dos anos por vários ...