Federação de ginecologistas recomenda contraceptivos de longa duração em vez de pílula para as adolescentes
Com base numa diretriz lançada em setembro pela Associação Americana de Pediatria, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) acaba de publicar uma recomendação que indica o uso de métodos contraceptivos de longa duração para adolescentes. Considerados altamente seguros, eles são mais eficazes do que a pílula por não precisarem do controle da usuária.
— Nas jovens, o anticoncepcional tem alto índice de falha devido a erros na tomada do medicamento (esquecimento, sobretudo), o que pode gerar gravidez indesejada — afirma o ginecologista e obstetra Mário de Barros Filho, diretor da seção especializada em Obstetrícia do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e do Centro Hysteron de Medicina da Mulher.
Segundo a ginecologista e obstetra Marta Franco Finotti, presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo, estudos já comprovaram que não há diferença em implantar métodos contraceptivos de longa duração no corpo de uma adolescente ou de uma mulher mais velha.
— Existia um medo infundado de que esses métodos traziam maior risco de infecções para as jovens e poderiam levá-las à infertilidade — diz a médica, professora da Universidade Federal de Goiás.
O DIU (dispositivo intrauterino) e o SIU (sistema intrauterino) são indicados para garotas que já iniciaram a vida sexual. Já o implante contraceptivo subcutâneo pode ser usado por qualquer menina que menstrue. Cerca de 25% das brasileiras têm a primeira relação por volta dos 15 anos. Aos 16, mais de 50% já perderam a virgindade.
Fonte: Jornal Extra
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