Distúrbio frequente na terceira idade, a incontinência urinária traz, ainda, males como depressão e isolamento devido ao constrangimento causado pela perda involuntária da urina. O problema costuma atingir duas vezes mais mulheres que homens. O fato se deve à anatomia do corpo feminino, já que o músculo que fecha o canal condutor da urina é mais fraco. Para os homens, o risco passa a ser maior para aqueles que já operaram a próstata.
“A perda involuntária da urina pode ser causada por fatores diversos como medicações, próstata aumentada e, no caso específico das mulheres, flacidez na região pélvica”, explica o geriatra e diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria, Salo Buksman.
Para as mulheres, quando o problema é ocasionado pela flacidez na região pélvica, a indicação pode ser cirúrgica. A orientação é para que as mulheres na menopausa façam visitas anuais ao médico. Segundo o especialista, muito comum entre as mulheres é a perda involuntária da urina causada por esforço.
“A incontinência urinária de esforço faz com a pessoa urine ao fazer o mínimo esforço como tossir, pegar peso e até mesmo dar risadas”, diz Buksman, ressaltando que nesses casos o procedimento é cirúrgico e a prevenção pode ser através de exercícios que ajudam a fortalecer a pélvis.
Já para os homens, quando são acometidos pela perda involuntária da urina dado ao aumento da próstata, a recomendação é para tratamentos com medicamentos ou até mesmo cirurgia, o que varia de acordo com cada caso.
De acordo com o urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Brasília, Diogo Mendes, existem dois tipos de incontinência urinária, que pode ser pela eventual ou esporádica. O médico ressalta, também, que o distúrbio pode ser de cunho neurológico.
“Pessoas com trauma de medula espinhal também apresentam sinais de incontinência, assim como indivíduos que sofrem dos males de Parkinson e Alzheimer. Com o envelhecimento, o idoso deve passar a fazer visitas periódicas ao clínico. É aconselhável também a prática de exercícios físicos supervisionados. Atividades físicas e caminhadas de quatro a cinco vezes por semana são fundamentais para a prevenção da incontinência”, enfatiza.
Outro fator, segundo os especialistas, que também contribui para a incontinência é o sobrepeso. A obesidade faz com que haja uma piora na incontinência, já que o peso do abdômen faz com que ocorra uma pressão sobre a bexiga, dificultando o controle da urina. “A prática de exercícios aeróbicos e o controle de peso ajudam tanto homens quanto mulheres no combate desse distúrbio”, conclui.
Fonte: O Fluminense
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