O inverno está oficialmente “no ar” há uma semana e com ele chega uma avalanche de doenças respiratórias. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) lançou a campanha “Escute seu pulmão” para alertar a população brasileira sobre riscos e impactos de doenças crônicas pulmonares sem o devido tratamento e acompanhamento médico.
— No inverno, as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados e isso ajuda na proliferação de vírus. Quem tem doenças respiratórias, como asma, fica mais propenso a desenvolver crises — afirma Thiago Bartholo, médico pneumologista da Uerj e membro da SBPT.
Uma das enfermidades que têm destaque na campanha é a asma: uma inflamação crônica que atinge os brônquios (estruturas responsáveis por levarem o ar aos pulmões). As crises provocam o fechamento das vias aéreas e dificultam a respiração. De acordo com a SBPT, 20 milhões de brasileiros sofrem do problema.
— A maioria dos asmáticos possui o tipo mais leve da doença, mas falta ainda a conscientização de que é preciso continuar tratando mesmo no período entre as crises. Os pacientes precisam aprender a usar a bombinha de maneira correta, para que o tratamento seja efetivo — alerta o pneumologista Carlos Leonardo Pessoa, professor da UFF e membro da SBPT.
Estado do Rio é o primeiro em mortes no país
Se a asma costuma se manifestar ainda na infância, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) — a outra eleita pela campanha — é mais comum em adultos e normalmente é diagnosticada entre 50 e 60 anos de idade. A enfermidade é caracterizada pela obstrução da entrada e da saída de ar dos pulmões, dificultando a respiração. Nela estão presentes uma bronquite crônica (os brônquios ficam inflamados, estreitos e cheios de secreção) e o enfisema (estruturas do pulmão se transformam em bolhas de ar). O tabagismo é o principal fator de risco.
Em 2015, o estado do Rio teve a maior taxa de morte por doenças respiratórias do Brasil.
— O grande objetivo desta campanha é fazer com que o paciente comece a prestar atenção nos seus sintomas e procure o especialista para diagnosticar, tratar e conviver bem com a doença — explica Thiago.
Sintomas
Falta de ar
Tanto os asmáticos quanto os pacientes que têm DPOC sentem falta de ar, mesmo fazendo atividades simples como subir uma escada pequena. Quando o DPOC está avançado, o paciente tem dificuldade para respirar até quando está em repouso.
Tosse
As tosses se tornam cada vez mais constantes quando há uma doença respiratória. Naqueles que têm asma, elas costumam aparecer à noite.
Chiado
É possível ouvir uma espécie de chiado no peito durante a respiração de quem tem asma e DPOC.
Fonte: Jornal Extra
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