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Pesquisa mostra dados sobre doenças associadas ao tabagismo


Coordenado pela economista Márcia Teixeira Pinto, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e pelo pesquisador Andrés Pichon-Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitária (Iecs) da Argentina, um estudo acompanhou três grupos populacionais hipotéticos (fumantes, ex-fumantes e não fumantes) e avaliou a probabilidade de ocorrência de eventos associados ao tabagismo ao longo da vida de cada indivíduo. Encomendada pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), a investigação buscou determinar a carga do tabagismo, que inclui os custos diretos atribuídos ao hábito de fumar, correspondentes às despesas com assistência médica para as doenças tabaco-relacionadas (consultas, cirurgias e demais procedimentos).
Utilizando dados recentes fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Datasus e pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e tendo como referência o Cancer Prevention Study 2 (CPS 2), estudo americano de grande escala que aponta o risco de fumantes desenvolverem câncer e outras doenças tabaco-relacionadas, a pesquisa se baseou em um modelo matemático especialmente desenvolvido para estimar a ocorrência de doenças associadas ao tabagismo em determinados períodos de tempo e seus custos para o setor da saúde nacional. Para a análise, foram selecionadas doenças que incluem eventos agudos e manifestações crônicas de quatro grupos: câncer, cardíacas, cerebrovasculares e respiratórias.
Segundo Márcia, os dados sobre custos são muito importantes, pois apontam a carga econômica do fumo para o Brasil: cerca de R$ 20 bilhões por ano. No entanto, ela acredita que uma informação também alarmante é relativa ao número de mortes, que chega a 357 por dia no país. Além de fornecer informações atualizadas sobre óbitos, o estudo indica, por probabilidade, que indivíduos fumantes vivem, em média, cinco anos a menos que os não fumantes e demonstra que a carga atribuída ao tabagismo em relação aos anos de vida perdidos por incapacidade é bastante elevada. 
Leia mais no site do IFF.
Fonte : Fiocruz

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