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Todos unidos por um combate mais efetivo e rigoroso em relação ao sódio


Acordo do Ministério da Saúde e da Abia prevê redução de sódio nos alimentos. Em 18 anos, 8,7 mil toneladas dessa substância serão retiradas dos supermercados

A Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) celebrou o acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) para reduzir o teor de sódio nos alimentos industrializados. O compromisso firmado prevê redução em temperos, margarinas vegetais, cereais e caldos. Até 2020, segundo o órgão, 8,7 mil toneladas dessa substância serão retiradas dos supermercados.

Esses alimentos dominam as prateleiras das casas das famílias modernas pela praticidade no uso ou no preparo, mas, de acordo com cardiologistas, contêm níveis alarmantes de sódio, substância diretamente associada a doenças cardíacas e renais. Médicos explicam que o sal eleva a pressão do sangue porque faz com que o corpo retenha mais água e essa absorção aumenta a quantidade de sangue circulando nos vasos.
“A principal fonte de sódio na nossa alimentação é o sal. Infelizmente, os níveis de sal consumidos pelos brasileiros, por volta de 12 gramas por dia, está acima da média sugerida pela OMS, que é de 5 gramas” afirma Marcel Coloma, membro da Socerj, lembrando que a hipertensão é um dos mais graves problemas de saúde do país, atingindo quase 23% dos adultos brasileiros e uma das responsáveis por infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

O cardiologista ainda lembra que, diferentemente do que se pensa, a indústria alimentícia também usa sal até mesmo em biscoitos doces e bolos, por exemplo. “Ele funciona como conservante em diversos produtos”, alerta.


Cuidado redobrado

A atenção ao rótulo de alguns alimentos é fundamental para uma alimentação balanceada. A propaganda de alguns produtos industrializados leva os consumidores a acreditar que determinado alimento contém menos calorias do que realmente tem. Na hora de comprar, a dica de comparar os rótulos é a única forma de melhorar a qualidade do que comer na hora de escolher um produto.

Nos biscoitos “cream crackers” os dizeres dos rótulos estão descritos como “leve”, “água e sal” e “0% gordura”. Segundo a nutricionista Gabriela Marcelino, da empresa Congelados da Sônia, eles devem ser bem avaliados comparando os valores nutricionais.

“Em algumas marcas o conteúdo de sódio e gorduras está em excesso”, explica a nutricionista. O mesmo acontece com o queijo branco, pois, dependendo do fabricante, os teores de gordura e calorias podem variar significativamente. Mas, normalmente eles contêm menos calorias e gorduras. A escolha então dever ser feita nos brancos e depois as versões light.

Na escolha da bebida o cuidado também deve ser redobrado. Os famosos refrigerantes “zeros” não são vantajosos para quem quer emagrecer. Pois, possuem sódio em excesso que altera a pressão arterial e causa inchaços. Para substituí-los o suco natural é a melhor opção, pois, são mais nutritivos do que os refrigerantes. E se mesmo assim existir a preferência em consumi-los é melhor escolher as versões diet/light e os refrigerantes incolores e/ou transparentes, pois não contém corantes.

Fonte : O Fluminense


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