A vacinação contra Hepatite A iniciou na manhã de ontem em todo o estado do Rio de Janeiro e a meta é proteger 220.411 crianças entre um ano e um ano e 11 meses. De acordo com o Ministério da saúde, a campanha se estende até dezembro com o objetivo de imunizar 95% do público-alvo em todo o Brasil. Nas policlínicas regionais de Niterói o serviço está sendo realizado de maneira eficaz través da dose única do medicamento. Durante todo o dia, pais e mães procuraram os postos públicos para efetuar a vacinação, que passou a integrar o calendário oficial de prevenções brasileiro.
A Hepatite A é uma doença contagiosa causada pelo vírus VHA e sua transmissão ocorre pela via fecal-oral, sendo as fezes o canal básico de contaminação da água, de alimentos e de tudo que possa ser infectante por via oral. Seus efeitos atingem diretamente o fígado, causando cansaço, tontura, vômitos, febre e outros sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 150 mil casos da doença foram notificados no País entre os anos de 1999 e 2013, provocando a morte de 761 pessoas. Esse registro somado aos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que divulgou o número de 1,4 milhão de casos no mundo, foram fatores determinantes para a inclusão da vacina no calendário infantil brasileiro.
“O Ministério da Saúde avaliou como fundamental a disponibilização da vacina contra Hepatite A para obtermos um balanço positivo no quantitativo de melhorias sanitárias em todo o País. A ideia é imunizar as crianças que ainda têm pouco contato social para que no período em que forem inseridas no ambiente escolar estejam prevenidas da doença”, ressaltou a coordenadora de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde, Clarice Gdalevici.
Até o mês passado, a vacina de imunização contra a doença não era disponibilizado pela rede pública de saúde e os pais só tinham acesso ao medicamento por meio das clínicas particulares, que ofereciam duas doses do remédio a cada seis meses, cobrando o valor de R$ 120 cada. Na Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva, no Centro de Niterói, a oportunidade de prevenir as crianças de forma gratuita foi uma ação que tranquilizou os responsáveis. Para a nutricionista Michele Batista, de 32 anos, que esteve no local para vacinar seu filho, Pedro Lucas Dias, de 18 meses, a iniciativa do Ministério da Saúde reduz o número de casos da doença no País e fortalece o organismo infantil.
“Nessa idade, o sistema imunológico das crianças fica muito vulnerável a doenças graves e viroses, por isso enxergo essa campanha federal como uma medida de fundamental importância, para que os pais de todas as classes sociais possam ter acesso à vacina gratuitamente. Mesmo que o medicamento seja oferecido em dose única, acredito que o índice de reprodução da doença reduza significativamente”, disse a mãe.
Na última sexta-feira, os funcionários da rede pública de saúde passaram por um treinamento a fim de consolidar as estratégias de prevenção. Durante a aula, os profissionais passaram por um laboratório para conhecer a composição do medicamento, a dosagem específica e a ação do remédio no organismo.
“Toda vacinação é uma medida de proteção preventiva que tem o propósito de impedir a manifestação da doença no corpo do ser humano. Caso o problema insista em ocorrer no organismo, o medicamento irá permitir que seu surgimento seja de forma branda, sem denegrir os órgãos internos”, explicou a enfermeira Pauline Azevedo.
Fonte: O Fluminense
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