Para conscientizar a sociedade em favor da doação de leite humano, o Ministério da Saúde e a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) lançaram, esta semana, a campanha Um pouquinho do que você doa, é tudo para quem precisa. A iniciativa faz parte das comemorações do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, comemorado em 19/5. A ação simboliza a união de esforços para a salvaguarda da vida de milhões de crianças em todo o mundo.
"O nosso trabalho é voltado para um segmento muito específico: crianças que demandam cuidados especiais em unidades de terapia semi-intensiva e intensiva, ou seja, bebês que nasceram prematuros, com baixo peso, crianças que pelas mais variadas razões precisam de uma atenção especializada. Se o leite humano já é fundamental para as crianças que nascem no tempo certo, sem nenhuma complicação, para essas crianças representa um fator de sobrevivência”, destacou o coordenador da rBLH, João Aprigio Guerra de Almeida, durante o lançamento.
Além do coordenador da Rede, a cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o ministro de Saúde do Brasil, Ricardo Barros, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a primeira-dama do Distrito Federal, Márcia Rollemberg, o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Joaquim Molina, o diretor do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Carlos Maciel, e a embaixadora da Rede, a atriz Maria Paula Fidalgo. Por meio de transmissão ao vivo, foi possível que o ministro de Saúde e Segurança Social de Cabo Verde, um dos países com acordo de cooperação técnica para o qual o Brasil transfere os princípios utilizados na implantação de bancos de leite, Arlindo do Rosário, também participasse.
Apesar das mobilizações já realizadas, o número de doações de leite humano ainda é insuficiente. Atualmente, a Rede consegue suprir aproximadamente 60% da demanda para os recém-nascidos prematuros e de baixo peso internados no Brasil. Isso significa que cerca de 40% dos bebês que precisam não podem contar com o leite humano na sua alimentação. É neste contexto que as campanhas de incentivo à doação ganham ainda mais importância. No slogan deste ano, a intenção é mostrar para as nutrizes que qualquer quantidade doada faz a diferença. Um frasco de leite, por exemplo, pode alimentar até 10 prematuros.
Doadora e militante da causa desde o nascimento de sua primogênita, a atriz Maria Paula reforçou a importância da doação. “Minha vida deu uma guinada há 13 anos atrás. Com a maternidade, eu comecei a doar o meu leite que sobrava e, de artista, me transformei em ativista deste projeto tão maravilhoso que salva vidas. Para você que doa é apenas um pouquinho de leite. Mas para quem recebe é tudo! Quando você está amamentando seu filho e ainda alimenta outros bebês que estão precisando, o prazer é dobrado, triplicado, multiplicado por mil”, ressaltou a embaixadora da Rede.
No Brasil, nascem aproximadamente três milhões de bebês por ano, dos quais cerca de 14% demandam cuidados especiais em unidades de terapia intensiva (UTIs Neonatais). Foi o que aconteceu com a pequena Helena. Sua mãe, Gisele Bortolini, emocionou os presentes na cerimônia ao compartilhar sua experiência: “Toda mãe sente uma dor enorme quando um filho adoece e nós vivemos muitos altos e baixos dentro de uma UTI. Uma gota de leite materno vale ouro para uma mãe e um bebê prematuro. Eu devo meus sinceros agradecimentos a todas as doadoras. Doar leite materno é um gesto muito nobre. Mesmo sem saber, essas doadoras se tornam anjos na vida dos bebês prematuros”.
O leite doado aos BLHs e postos de coleta passa por um rigoroso processo de seleção, classificação e pasteurização até que esteja pronto para ser distribuído com qualidade certificada aos bebês. Nas últimas décadas, a experiência brasileira também se tornou um modelo de referência mundial, unindo tecnologia moderada e de baixo custo, mas sensíveis o suficiente para assegurar um padrão de qualidade reconhecido internacionalmente. Até o momento, o esforço de cooperação técnica já resultou em projetos de implantação de BLHs em nações da América Latina, Caribe, Península Ibérica e África, agora mobilizadas para a comemoração do Dia Mundial de Doação de Leite Humano.
Embrião da iniciativa que tornou o Brasil exemplo mundial em tecnologia para redução da mortalidade infantil e erradicação da desnutrição neonatal, o BLH do IFF/Fiocruz, o primeiro do país, sedia o Centro de Referência da rBLH. Entre 2009 e 2016, em todo o mundo, mais de 17,8 milhões de mulheres foram assistidas nos BLHs. No Brasil, apenas em 2016, a Rede beneficiou mais de 165 mil recém-nascidos internados em UTIs e realizou mais de dois milhões de atendimentos relacionados a dificuldades sobre aleitamento materno e doação de leite.
Todas as mulheres em fase de amamentação e que produzam um volume de leite que excede a necessidade de seu filho podem doar. As lactantes também devem ser saudáveis e não podem fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. Diferente da doação de sangue que necessita de coleta presencial, a doação de leite humano pode ser feita em casa e aos poucos, conforme orientações de higienização e armazenamento adequados. O Brasil conta atualmente com 221 BLHs espalhados por todas as regiões do país. Para localizar o BLH mais próximo, acesse www.rblh.fiocruz.br.
Para conscientizar a sociedade em favor da doação de leite humano, o Ministério da Saúde e a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) lançaram, esta semana, a campanha Um pouquinho do que você doa, é tudo para quem precisa. A, comemorado em 19/5. A ação simboliza a união de esforços para a salvaguarda da vida de milhões de crianças em todo o mundo.
"O nosso trabalho é voltado para um segmento muito específico: crianças que demandam cuidados especiais em unidades de terapia semi-intensiva e intensiva, ou seja, bebês que nasceram prematuros, com baixo peso, crianças que pelas mais variadas razões precisam de uma atenção especializada. Se o leite humano já é fundamental para as crianças que nascem no tempo certo, sem nenhuma complicação, para essas crianças representa um fator de sobrevivência”, destacou o coordenador da rBLH, João Aprigio Guerra de Almeida, durante o lançamento.
Além do coordenador da Rede, a cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o ministro de Saúde do Brasil, Ricardo Barros, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a primeira-dama do Distrito Federal, Márcia Rollemberg, o representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Joaquim Molina, o diretor do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Carlos Maciel, e a embaixadora da Rede, a atriz Maria Paula Fidalgo. Por meio de transmissão ao vivo, foi possível que o ministro de Saúde e Segurança Social de Cabo Verde, um dos países com acordo de cooperação técnica para o qual o Brasil transfere os princípios utilizados na implantação de bancos de leite, Arlindo do Rosário, também participasse.
Apesar das mobilizações já realizadas, o número de doações de leite humano ainda é insuficiente. Atualmente, a Rede consegue suprir aproximadamente 60% da demanda para os recém-nascidos prematuros e de baixo peso internados no Brasil. Isso significa que cerca de 40% dos bebês que precisam não podem contar com o leite humano na sua alimentação. É neste contexto que as campanhas de incentivo à doação ganham ainda mais importância. No slogan deste ano, a intenção é mostrar para as nutrizes que qualquer quantidade doada faz a diferença. Um frasco de leite, por exemplo, pode alimentar até 10 prematuros.
Doadora e militante da causa desde o nascimento de sua primogênita, a atriz Maria Paula reforçou a importância da doação. “Minha vida deu uma guinada há 13 anos atrás. Com a maternidade, eu comecei a doar o meu leite que sobrava e, de artista, me transformei em ativista deste projeto tão maravilhoso que salva vidas. Para você que doa é apenas um pouquinho de leite. Mas para quem recebe é tudo! Quando você está amamentando seu filho e ainda alimenta outros bebês que estão precisando, o prazer é dobrado, triplicado, multiplicado por mil”, ressaltou a embaixadora da Rede.
No Brasil, nascem aproximadamente três milhões de bebês por ano, dos quais cerca de 14% demandam cuidados especiais em unidades de terapia intensiva (UTIs Neonatais). Foi o que aconteceu com a pequena Helena. Sua mãe, Gisele Bortolini, emocionou os presentes na cerimônia ao compartilhar sua experiência: “Toda mãe sente uma dor enorme quando um filho adoece e nós vivemos muitos altos e baixos dentro de uma UTI. Uma gota de leite materno vale ouro para uma mãe e um bebê prematuro. Eu devo meus sinceros agradecimentos a todas as doadoras. Doar leite materno é um gesto muito nobre. Mesmo sem saber, essas doadoras se tornam anjos na vida dos bebês prematuros”.
O leite doado aos BLHs e postos de coleta passa por um rigoroso processo de seleção, classificação e pasteurização até que esteja pronto para ser distribuído com qualidade certificada aos bebês. Nas últimas décadas, a experiência brasileira também se tornou um modelo de referência mundial, unindo tecnologia moderada e de baixo custo, mas sensíveis o suficiente para assegurar um padrão de qualidade reconhecido internacionalmente. Até o momento, o esforço de cooperação técnica já resultou em projetos de implantação de BLHs em nações da América Latina, Caribe, Península Ibérica e África, agora mobilizadas para a comemoração do Dia Mundial de Doação de Leite Humano.
Embrião da iniciativa que tornou o Brasil exemplo mundial em tecnologia para redução da mortalidade infantil e erradicação da desnutrição neonatal, o BLH do IFF/Fiocruz, o primeiro do país, sedia o Centro de Referência da rBLH. Entre 2009 e 2016, em todo o mundo, mais de 17,8 milhões de mulheres foram assistidas nos BLHs. No Brasil, apenas em 2016, a Rede beneficiou mais de 165 mil recém-nascidos internados em UTIs e realizou mais de dois milhões de atendimentos relacionados a dificuldades sobre aleitamento materno e doação de leite.
Todas as mulheres em fase de amamentação e que produzam um volume de leite que excede a necessidade de seu filho podem doar. As lactantes também devem ser saudáveis e não podem fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. Diferente da doação de sangue que necessita de coleta presencial, a doação de leite humano pode ser feita em casa e aos poucos, conforme orientações de higienização e armazenamento adequados. O Brasil conta atualmente com 221 BLHs espalhados por todas as regiões do país. Para localizar o BLH mais próximo, acesse o site da Rede BLH.
Fonte: Fiocruz
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