Desde o início de 2017 até o dia 22 de abril, o Brasil teve a confirmação de 246 casos de microcefalia ou outras alterações de crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas ao vírus da zika. Outros 936 casos notificados este ano continuam em investigação. As informações estão no boletim epidemiológico mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde.
No dia 11 de maio, o Ministério da Saúde anunciou o fim da emergência nacional em saúde pública por zika e microcefalia. O governo tinha declarado a situação de emergência em novembro de 2015, quando foi notado um aumento incomum dos casos de microcefalia no Nordeste. A malformação foi, posteriormente, relacionada à infecção pelo vírus da zika.
Segundo o documento, houve 25 confirmações de mortes fetais e neonatais ligadas ao vírus e 33 confirmações de fetos com alterações no sistema nervoso central, abortos espontâneos e natimortos relacionados à infecção em 2017. Os dados do boletim incluem casos que ainda estavam em investigação na última semana de 2016 e podem ter sido confirmados no início de 2017.
Desde o início da emergência por microcefalia e zika, em novembro de 2015, o Brasil registrou, ao todo, 13.603 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações ligadas ao zika, das quais 2.698 foram confirmadas.
Em um mês, chikungunya aumentou 88,2%
Em 2017, até o dia 13 de maio, o Brasil teve 9.351 notificações de casos suspeitos de zika, 144.326 de dengue e 80.949 de chikungunya, segundo outro boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Isso representa uma redução de 95,1% do número de casos suspeitos de zika, 89,3% dos de dengue e 54,7% dos de chikungunya em relação ao mesmo período do ano passado.
De um mês para o outro, porém, o número de casos suspeitos de chikungunya aumentou 88,2%. Do dia 15 de abril, data do último boletim, até o dia 13 e maio, os casos foram de 43.010 para 80.949.
Quando se leva em conta o número de casos confirmados de chikungunya, a comparação de 2017 com 2016 revela um aumento. Até o dia 21 de maio de 2016, havia 19.835 casos confirmados da doença no país. Este ano, até o dia 13 de maio, 28.225 casos foram confirmados.
Somadas as três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, houve uma redução de 86,4% de casos suspeitos em relação ao mesmo período de 2016: de 1.723.894 para 234.626.
Fonte: G1
É importante observar que o ano passado teve um número muito alto de casos de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos): foi o segundo ano com maior número de dengue desde o início dos registros, em 1990, perdendo só para 2015. Também foi recordista em zika e chikungunya, doenças que chegaram mais recentemente ao país e que, portanto, não têm muitos dados anteriores para comparação.
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