Grávida, a apresentadora Eliana está afastada do trabalho por causa de uma condição conhecida como “descolamento de placenta”.
“Por conta desses acontecimentos que não podemos controlar, estou em repouso por ordens médicas. Tive um descolamento na placenta. Sei que não depende só da minha vontade, do meu esforço, mas farei o impossível para trazer o meu fruto da melhor maneira que Deus permitir. Preciso salvar minha filha de um parto extremamente prematuro. Tenho fé que, em breve, trarei boas notícias”, disse a apresentadora do SBT, numa mensagem a seus fãs.
O obstetra Belmiro Gonçalves Pereira, professor da Unicamp e presidente da comissão de gestação de alto risco da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), explica que o problema a que Eliana se refere não é o que a medicina conhece como o descolamento clássico de placenta.
A placenta é responsável por nutrir e fornecer oxigênio ao bebê pelo cordão umbilical, fazendo interface com a circulação sanguínea materna.
Quando há um descolamento clássico, o sangramento vaginal é grande e a situação é de emergência. Muitas vezes a mulher fica em estado de choque pela perda sanguínea. “Quando chega um caso desses, já procedemos para o bebê nascer”, explica o médico.
O motivo é que há uma descontinuidade do fornecimento de nutrientes e oxigênio para a criança.
Mais recentemente, no entanto, o avanço da ultrassonografia tem permitido a identificação de pequenos descolamentos entre a placenta e o útero, que não cortam o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao bebê, mas podem evoluir para um descolamento maior e, por isso, são motivo de preocupação.
Nesses casos, que costumam acontecer entre a 28ª e 32ª semanas de gestação, é recomendado o repouso, para que a criança possa continuar se desenvolvendo. “Achei muito prudente terem afastado a Eliana para repouso”, diz Pereira.
Nessa situação, os médicos costumam acompanhar a situação da placenta com exames de ultrassom, até chegar o momento adequado para o parto. Para esses pequenos descolamentos, explica Pereira, a medicina ainda não identificou fatores de risco.
O descolamento clássico, mais grave, é mais frequente entre mulheres com pressão alta.
Fonte: G1
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