Pular para o conteúdo principal

HIV e Aids: qual a diferença?


Todos os anos são registrados cerca de 40 mil casos de HIV/Aids no Brasil. Os números não mostram queda, mas uma epidemia relativamente estabilizada, explica o infectologista Rico Vasconcelos. O número não muda por causa da falta de comunicação e estratégia de prevenção adequadas às pessoas mais vulneráveis. Além disso, a infecção pelo HIV não é só uma questão de saúde, mas também reflexo da falta de acesso à educação, da discriminação e violência.

Viver com o HIV é diferente de ter Aids. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca principalmente células do sistema de defesa chamadas CD4 e nos torna mais vulneráveis a outros vírus, bactérias e ao câncer.

No entanto, a maioria das pessoas que têm HIV não têm Aids porque no Brasil o tratamento com remédios chamados antirretrovirais é universal e acessível pelo SUS. As pessoas com HIV e que se tratam têm a mesma expectativa de vida das pessoas que não têm o HIV.

Apenas as que não se tratam ou sofrem algum tipo de problema na terapia não conseguem reduzir essa replicação e desenvolvem Aids, que a síndrome da imunodeficiência adquirida, um conjunto de sinais e sintomas relacionados à falência do sistema de defesa, caracterizada por uma série de infecções oportunistas e câncer.

Antirretroviral

O antirretroviral é um medicamento que impede o vírus HIV de se multiplicar. Quando o remédio está no sangue da pessoa, um vírus não se transforma em um milhão de vírus e o sistema imune dá conta de eliminar o vírus que entrou.

A PEP (profilaxia pós exposição) são medicamentos antirretrovirais que são tomados depois que a pessoa se expôs ao HIV e quer tentar evitar a contaminação. É uma estratégia de emergência. Ela impede que o vírus se multiplique e se instale no organismo e o sistema de defesa consegue dar conta de eliminá-lo.

A PrEP (profilaxia pré-exposição) é uma nova forma de prevenção com o uso de medicamentos contra o HIV em pessoas que não têm o HIV. Ela está disponível no SUS e é voltada para grupos mais vulneráveis. A pessoa toma antirretrovirais diariamente e o medicamento está permanentemente no sangue. Com isso, se a pessoa tiver contato com o HIV, os antirretrovirais (que já estão no sangue) impedem que o vírus se multiplique e se instale no organismo.

A PrEP só é liberada para quem tem mais de 18 anos e não tem HIV. Profissionais do sexo, pessoas trans, gays e outros homens que fazem sexo com homens têm prioridade para receber a PrEP pelo SUS.

A PrEP faz parte de um novo modelo de cuidado chamado prevenção combinada, que oferece diferentes opções para evitar novos casos de HIV e outras infecções. A prevenção combinada inclui, por exemplo, preservativos e vacinas.

“A PrEP protege pro HIV e funciona. Ela vem para complementar a camisinha”, explica a diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids Georgiana Braga-Orillard.

Pelo menos duas mil pessoas já usam o comprimido para prevenir o HIV no Brasil. A questão agora é fazer essa alternativa alcançar quem mais precisa.

Os serviços da PrEP oferecem consultas para orientar quem decidiu por esse tipo de prevenção e depois o acompanhamento pelos profissionais de saúde. Segundo o fabricante do comprimido, é importante analisar a função dos rins antes de começar com o remédio. O acompanhamento nos serviços de PrEP também é importante para que as pessoas usem o medicamento corretamente.

Mitos sobre HIV/Aids

O Bem Estar mostrou alguns mitos sobre HIV/Aids

  • Mito 1: Pessoas se infectam mais com o HIV porque tem medicamentos melhores.
  • Mito 2: Dá para saber quem tem o vírus porque a pessoa fica muito magra.
  • Mito 3: Quem tem HIV sempre vai transmiti-lo.
  • Mito 4: Quem transmite o vírus é criminoso.
  • Mito 5: HIV passa por beijo.
Fonte: G1

Comentários

Populares

Campanha Hanseníase 2018

Fonte: Portal da Saúde

Curso de Eletrocardiograma

Com o Professor Ademir Batista da Cunha Local : Centro de Convenções do Barra Shopping - Avenidas das Américas, 4666 - 3º piso - Barras da Tijuca - Rio de Janeiro Início : 22/11/2011 Término : 17/01/2012 Aulas às terças-feiras das 18h às 21h Inscrições e informações Rua Figueiredo Magalhães, 219/401 - Copacabana Telfax : 2256-5191 / 2235-0856 Cel.: 9246-6514 / 92385775 E-mail: ecgtotal1989@gmail.com

UFF responde: Alzheimer

  Doença de causa desconhecida e incurável, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e afeta, principalmente, idosos com mais de 65 anos. Identificada inicialmente pela perda de memória, pessoas acometidas pela doença têm, a partir do diagnóstico, uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos, segundo o  Ministério da Saúde  .  Em um  Relatório sobre Demência , a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo dessa doença, sendo mais de 60% dessas pessoas habitantes de países de baixa e média renda. A previsão é de que esse número ultrapasse mais de 130 milhões no ano de 2050. Outros dados apresentados na publicação indicam que a demência é a sétima maior causa de morte no mundo e que, em 2019, representou um custo global superior a 1 trilhão de dólares. Com o intuito de criar ações para o tratamento e a conscientização sobre a Doença de Alzheimer e de demências, em junho de 2024, foi instituída a...

Saiba como proteger seus filhos dos perigos da internet

O boato de que o desafio da Momo (boneca virtual que orienta crianças a se machucarem) estava no YouTube Kids e notícias sobre grupos de bate-papos online sobre violência, frequentados pelos assassinos do massacre em Suzano (SP), ligaram sinal de alerta para pais e responsáveis. O que crianças e jovens estão fazendo na internet e como protegê-los? Especialistas garantem que orientá-los sobre como se comportar nestes ambientes é a melhor maneira de defendê-los de conteúdos impróprios. — A mesma postura dos pais, que já orientam a não conversar com estranhos no mundo real, deve ser tomada em relação à internet — explica a educadora Andrea Ramal. A conversa sobre o mundo virtual pode ser uma deixa para reforçar os valores daquela família, mostrar o que é certo e errado e aconselhar os filhos a como se comportar em situações nas quais são desafiados, como no caso da Momo. — São os princípios éticos desenvolvidos desde a infância que asseguram a autoconfiança nos momentos em que ...

Filha de Júnior Lima sofre doença rara; entenda o que é a síndrome nefrótica

  O cantor Junior Lima e a mulher dele, Mônica Benini, publicaram um vídeo em suas redes sociais comunicando que a filha deles, Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica, uma condição rara que afeta os rins, levando à perda excessiva de proteínas na urina. “Não costumamos abrir nossa intimidade, ainda mais se tratando de filhos, mas aconteceu algo e julgamos muito importante trazer aqui como um alerta para outras famílias que possam viver algo parecido”. O casal revelou que a doença surgiu na menina como uma alergia no olho que fez a região inchar. Eles procuraram médicos, especialistas e alergistas até chegar ao diagnóstico certeiro de síndrome nefrótica. Na maioria dos casos, a síndrome pode ser congênita (rara) e/ou adquirida por um problema de saúde secundário, por doenças infecciosas, autoimunes, diabetes, hepatite ou doenças sistêmicas, como o lúpus. Além disso, existem casos em que a doença é transmitida geneticamente. Sintomas Inchaço nos tornozelos e nos pé...