Entre os meses de março e julho, circula pela região Sudeste do Brasil o vírus sincicial respiratório (VSR). Esse microrganismo é responsável por infecções nas vias respiratórias, principalmente de bebês. Ele é a causa da maioria dos casos de bronquiolites (inflamação nos bronquíolos, pequenas estruturas pulmonares) em crianças de até 1 ano de vida.
— Esse vírus pode se apresentar como um resfriado comum, mas neste período de chuvas, ele pode causar infecções graves, como pneumonia, bronquiolite e causar insuficiência respiratória, o que pode provocar a necessidade de internação hospitalar — alerta João Henrique Carvalho, médico neonatologista do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz.
O vírus é transmitido por gotículas de secreções (liberadas em um espirro, por exemplo), mãos e objetos contaminados. Bebês prematuros ou nascidos com algum tipo de cardiopatia fazem parte do grupo de risco, ou seja, são mais suscetíveis à infecção pelo VSR. Mas todos os pais devem ficar atentos aos sintomas de alerta.
— Os sinais são como de uma gripe ou resfriado. Os cuidadores devem observar se os bebês estão ficando cansados para respirar e se a respiração está apresentando pausas. Nesses casos, é preciso levar a criança com urgência para o hospital — afirma Amanda Martins, pediatra da Perinatal.
Não existe tratamento para combater o vírus. A terapia oferecida tem o objetivo de amenizar os sintomas, como febre e coriza. Os bebês que fazem parte do grupo de risco têm direito a receber um anticorpo profilático que se chama palivizumabe. Este recurso está disponível na rede pública de saúde, assim como na rede privada.
Para as crianças que não fazem parte do grupo de risco, a indicação é que os pais tentem evitar, ao máximo, o contato dos filhos com ambientes em que o vírus possa estar presente.
Como evitar
Lavar as mãos
Higienizar as mãos diminuem as chances de transmitir a vírus para a criança. Você pode não estar doente, mas pode ter mexido em algum objeto infectado. Lave sempre com água e sabão
Manter distância de pessoas resfriadas
Nada de deixar o bebê perto de pessoas gripadas e resfriadas, pois elas podem passar o vírus para o neném: se alguém da casa está doente, tente manter o máximo de distância
Não ir a locais cheios e fechados
Ambientes fechados e com grande quantidade de pessoas aumenta o risco de transmissão de doenças respiratórias. Evite expor seu bebê a esses ambientes
Deixar os locais limpos
Os objetos e superfícies que estão em contato frequente com a criança devem ser mantidos limpos, pelo menos com álcool, para evitar a transmissão de vírus
Ficar longe do cigarro
A fumaça do cigarro pode irritar o sistema respiratório do bebê e deixá-lo mais suscetível a se infectar pelo vírus. Evite fumar perto da criança
Privilegiar o aleitamento
É por meio do aleitamento materno que a criança recebe a maior parte dos seus anticorpos. Até os seis meses de vida, a amamentação deve ser exclusiva
Procurar pelo anticorpo
Responsáveis por crianças que fazem parte do grupo de risco devem procurar pela Secretaria estadual de Saúde para se cadastrar no Programa Estadual de Profilaxia contra o VSR: as informações estão neste link, clique aqui.
Fonte: Jornal Extra
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